18 de setembro de 2014

Antuza

Vem aí o 3º livro infantil de Alex Guimarães!!!



O Autor já escreveu:

“Gigante Deitado – A História de Jerônimo Mendonça” (2012)
Seus direitos autorais foram cedidos á ACEAK (Associação Cultural Espírita Allan Kardec) de Barra Bonita-SP.

“Huguinho, o Menino Centenário” (2013)
Toda a venda da obra foi revertida ao LIMB (Lar Infantil Marília Barbosa) de Cambé-PR, do nosso paizinho Hugo Gonçalves.

E agora teremos:

“Antuza, a Surda-Muda que Escutava e Falava” (2014)
Por ser um livro com dowload gratuito, sem a possibilidade de reverter vendas a Casa de Antuza*, apenas indicamos que nossos leitores possam visitar o local, situado na Rua Monte Alverne, 228, bairro Estados Unidos, em Uberaba e que façam suas contribuições em homenagem a nossa personagem.

          Esta é a frente da Casa da Antuza em Uberaba-MG   (Foto: Alex Guimarães)


* A Casa de Antuza se tornou o Centro Espírita Antuza Martins em 1º de maio de 1952. No local tem atendimento doutrinário de 2ª a 6ª feira com passes e estudos, onde também se faz a difusão doutrinária na livraria. Aos sábados funciona o departamento da Infância e Juventude. E se alguém quiser mais informações antes de visitar o local, os telefones para contato são: 3312 8919 / 3338 8442 / 9994 7168

O autor, Alex Guimarães, esteve no local em 21 de novembro de 2011, data em que se inspirou pra realizar esse livrinho, que somente agora foi publicado. Segundo ele, depois da casa de Chico Xavier, é o local mais especial na cidade para se visitar, pois ali você ainda sente a presença da Antuza, não somente por estar da mesma forma de quando ela ainda era encarnada, mas por ser um lugar simples e aconchegante, a começar pela árvore toda especial que tem na frente da casa da nossa personagem. A dica do autor é ficar por ali uns bons minutos na sua sombra antes de entrar na casa, sentir a energia que ela traz.


Em seguida, ele recomenda ficar por alguns minutos na casa daquela que tinha "as mãos aveludadas", dos passes que curavam e imaginar como era estar na presença da "Chico Xavier de saia" ali naquela varanda onde tantos a visitavam.


O autor sentado na porta da casa de Antuza. Neste local ela recebia Jerônimo, "O Gigante Deitado" e seus amigos em geral. Muitos desenhos do livrinhos foram inspirados nesta varanda.

Mais abaixo da casa, se encontra a livraria. E mais abaixo o Centro Espírita que na época de Antuza, era apenas um terreno vazio. As fotos a seguir são da casa que foi feita após o desencarne da médium. E após as fotos, pode-se ver as biografias dos personagens que estão no livro "Antuza, a Surda-Muda que Escutava e Falava". Ao clicar no link do livro, o leitor é direcionado a esta página para saber um pouco mais sobre os personagens, o autor e o livro.












PERSONAGENS:

EURÍPEDES BARSANULFO
Eurípedes Barsanulfo, um dos mais respeitados nomes do Espiritismo no Brasil, nasceu em 1º de maio de 1880, em Sacramento (MG). Marcamos neste mês, portanto, 124 anos de seu nascimento. Ele foi professor de grande conhecimento, político e espírita convicto, atuando bravamente a favor da divulgação da Doutrina.

Ainda jovem, Eurípedes já se destacava por ser muito estudioso e compenetrado. Foi, por esse motivo, convidado por seu professor para dar aulas aos próprios colegas. Tornou-se secretário da Irmandade de São Vicente de Paula, pela facilidade com que se colocava como líder e comunicador, tendo participado ativamente da fundação do jornal Gazeta de Sacramento e do Liceu Sacramentano.

Foi através de um tio que Eurípedes tomou conhecimento dos fenômenos espíritas e das obras de Kardec. Estudando e pesquisando as informações novas, acabou por converter-se totalmente ao Espiritismo. Como continuava a lecionar, decidiu incluir aulas sobre a Doutrina na sua disciplina. O resultado veio de imediato: a reação entre pais de alunos e muitas pessoas da cidade foi de preconceito e intolerância. E, diante de sua relutância em continuar a propagar o Kardecismo, os alunos foram sendo retirados um a um.
Sob pressão, Eurípedes mudou-se para uma cidade vizinha. Justamente nessa época desabrocharam nele várias faculdades mediúnicas, em especial a de cura, despertando-o para a vida missionária. De volta ao trabalho em Sacramento, começou a atrair centenas de pessoas da região. A todos Eurípedes atendia com paciência e bondade, através dos benfeitores espirituais. Jamais esmorecia e, humildemente, seguia seu caminho de médium curador, animado do mais vivo idealismo. Em 1905 Eurípedes fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade, apoiado pelos irmãos e alguns amigos, passando a desenvolver tanto trabalhos no campo doutrinário, como na assistência social.
Em 1º de abril de 1907 fundou o lendário Colégio Allan Kardec, que se tornou verdadeiro marco e ficou conhecido em todo o Brasil. Funcionou ininterruptamente desde a sua inauguração, com a média de 100 a 200 alunos, até o dia em que foi obrigado a fechar devido à epidemia de gripe espanhola.
Conta-se que, certa vez, Eurípedes protagonizou uma cena inesquecível diante de seus alunos: caiu em transe em meio à aula e, voltando a si, descreveu a reunião havida em Versailles, França, logo após a Primeira Guerra Mundial, dando os nomes dos participantes e a hora exata da reunião quando foi assinado o célebre Tratado.
Sua presença fortaleceu de tal forma o movimento espírita que o clero católico, sentindo-se atingido, passou a desenvolver uma campanha difamatória contra ele. A situação chegou a um ponto que, desesperados, mandaram vir de Campinas (SP) o reverendo Feliciano Yague, famoso por suas pregações, para que houvesse uma discussão em praça pública entre os dois. Eurípedes aceitou, sem perder a confiança e a fé.
No dia marcado, o padre iniciou suas observações diante da platéia de curiosos, insultando o Espiritismo como sendo "a doutrina do demônio", e demonstrando intolerância e sectarismo. Eurípedes aguardou serenamente sua vez. Iniciou sua parte com uma prece, pedindo paz e tranqüilidade, e, em seguida, defendeu os princípios nos quais acreditava com racionalidade, lógica e calma. Ao terminar, Eurípedes aproximou-se do padre e abraçou-o, com sinceridade e sentimento, surpreendendo a todos. A platéia ficou perplexa e o momento entrou para a história.
Eurípedes seguiu com dedicação até o último instante de sua vida, auxiliando centenas de famílias pobres. Desencarnou em 1º de novembro de 1918, com apenas 38 anos, rodeado de parentes, amigos e discípulos. Deixou vastos exemplos de persistência, fé e serviço ao próximo, que para sempre irão nos inspirar.
 

                          

MARIA MODESTO CRAVO
Foi discípula de Eurípedes Barsanulfo, "O Apóstolo de Sacramento", e como tantas outras criaturas foi encaminhada ao trabalho de amparo e de regeneração, graças à sua mediunidade, realizando tarefas missionárias nos dois Planos de Vida, material e espiritual.
Maria Modesto Cravo nasceu na cidade de Uberaba (MG), no dia 16 de abril de 1899. Seus pais eram de formação católica e a encaminharam para esta religião. Consorciou-se, aos 17 anos com o Sr. Nestor Cravo, em 1916. No ano seguinte transferiram residência para Belo Horizonte, quando sentiu os primeiros fenômenos mediúnicos em forma de obsessão, trazendo grandes problemas e preocupações para a família. O esposo, a conselho médico, resolveu retornar a Uberaba. Seu pai, João Modesto, sugeriu que ela fosse levada a Sacramento para uma consulta com Eurípedes Barsanulfo.
Foi diagnosticado que o seu mal provinha de espíritos sofredores. Teria que ser submetida de imediato a um tratamento espiritual e físico. Seu organismo estava muito debilitado.
Com o tratamento de preces e passes, água fluidificada e a leitura de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" em poucos dias Maria Modesto Cravo apresentava um quadro animador. Com Eurípedes, começou também o seu desenvolvimento mediúnico, sendo logo convocada a trabalhar na equipe de médiuns no serviço de curas, o que ela aceitou com muita humildade. Eurípedes a aconselhou a regressar a Uberaba, retomando sua vida no lar e colaborando com o Movimento Espírita.
Assim iniciou sua colaboração em uma Casa Espírita daquela cidade do Triângulo Mineiro assistindo aos necessitados de todas as maneiras. Em casa, discretamente começou a atender abnegado serviço de receituário, servindo de intermediária de médicos da Espiritualidade.
Em janeiro de 1919 foi fundado o "Pronto Socorro Bezerra de Menezes", na Rua Bernardo Guimarães, também em Uberaba, cujo prédio ainda hoje existe. Três vezes por semana havia uma reunião de desenvolvimento mediúnico, onde os Espíritos, através dela, e de outros médiuns, assistiam a diversos enfermos, com doutrinação de desencarnados autorizados a comunicação.
Até então ela era médium passista e de cura, com a imposição das mãos. Na inauguração do Centro Espírita de Uberaba, houve significativo fato: o desabrochar de suas faculdades psicofônicas. Na primeira comunicação o Espírito se identificou como Ismael. A Diretoria da Instituição zelosa, resolveu consultar a Federação Espírita Brasileira. A resposta foi positiva, e do próprio Ismael, confirmando a comunicação, para alegria de todos.
Depois se seguiram centenas de comunicações de Espíritos acrescentando detalhes de suas vidas, identificações que não deixavam qualquer dúvida.
Em 1922, no Centro Espírita de Uberaba iniciou-se a celebração do Natal dos Pobres. Milhares de crianças eram mimoseadas com brinquedos e guloseimas. O trabalho foi estendido aos cegos, aos hansenianos e aos presidiários e suas famílias.
Em virtude do grande número de obsidiados e de portadores de insanidade mental, surgiu a idéia de construção do Sanatório Espírita de Uberaba, que tem prestado serviços inestimáveis à comunidade de Uberaba e adjacências.
Sua inauguração foi no dia 31 de dezembro de 1934. O Pronto Socorro "Bezerra de Menezes" fundiu-se com o Sanatório unindo-se todos os seus trabalhadores.
Desde a fundação do Sanatório, Maria Modesto Cravo vinha se prontificando a intermediária aos trabalhos de cura, na doutrinação de espíritos sofredores ou marcando a presença dos Mentores Espirituais, que transmitiam instruções, conselhos e orientações. Nesse trabalho recebeu a ajuda do dedicado médico Dr. Inácio Ferreira, outro companheiro de atividades missionárias em Uberaba.
Ela se dedicou também à evangelização das crianças e dos jovens, em todas as faixas etárias, muitos dos quais são seus seguidores na atualidade.

Em junho de 1964, a conselho médico, transferiu-se para Belo Horizonte, em tratamento de saúde. Dois meses depois agravou-se o seu estado geral e no dia 08 de agosto retornou à Espiritualidade. Sua obra, porém, continua propiciando os melhores frutos de uma vida inteiramente devotada ao bem.


JERÔNIMO MENDONÇA

Se você quiser saber um pouco mais sobre o "Gigante Deitado", clique no link que está abaixo e veja tudo que temos relacionado ao Jerônimo em nosso blog. São 7 postagens que ao final da 1ª página, clicando abaixo em "postagens mais antigas" você pode ver o início da "Série Jerônimo Mendonça" com videos do mesmo. Clique no link e confira:

7 postagens sobre Jerônimo Mendonça (2 páginas)

FREDERICO CHOPIN

Nascido em primeiro de março de 1810, em Zelazowa Wola, na Polônia, Frederic Chopin era filho do professor francês Nicolas Chopin, que dava aulas de francês e literatura francesa, e da pianista polonesa Justina Krazizanovska. Dez meses após o seu nascimento, a família foi morar em Varsóvia, onde transitava entre os nobres e a burguesia.

Chopin teve uma infância culta. Aos seis anos passou a ter um professor de piano, Adalbert Zwini, que lhe apresentou as obras de Bach e Mozart.

Seu primeiro concerto público ocorreu quando ele tinha oito anos. Na mesma época viu publicada sua primeira obra, uma polonaise. Prosseguiu conciliando seus estudos no Liceu de Varsóvia com as aulas de piano.

Em 1825, apresentou-se para o czar Alexandre I. No ano seguinte ingressou no Conservatório de Varsóvia, onde iniciou seus estudos com o compositor Joseph Elsner.

Em 1830, dias antes de eclodir a Revolução Polonesa contra a ocupação russa, Chopin resolveu deixar Varsóvia e partir para Viena, que vivia sob o regime autoritário de Metternich. Em julho do ano seguinte, Chopin seguiu para Paris, onde logo integrou-se à elite local, passando a ser requisitado como concertista e como professor. Nessa época conheceu músicos consagrados, como Rossini e Cherubini, e outros de sua geração, comoMendelssohn, Berlioz, Franz Lizst e Schumann.

Em uma de suas viagens pela Europa, em 1835, reencontrou Maria Wodzinska, que conhecera ainda criança em Varsóvia. Chopin apaixonou-se, mas, apresentando já os primeiros sinais de tuberculose, acabou rompendo o noivado por pressão da família de Maria.

Em 1838 Chopin uniu-se à controvertida escritora Aurore Dupin, que usava o pseudônimo masculino de George Sand. O casal resolveu passar um tempo em Maiorca, mas o clima úmido da ilha piorou o estado de saúde do compositor. Em 1839, os dois voltaram para a França e em 1847 romperam definitivamente o relacionamento.

No dia 17 de outubro de 1849, Frederic Chopin faleceu em Paris, aos 39 anos. Foi sepultado no cemitério de Père Lachaise, mas seu coração foi colocado dentro de um dos pilares da igreja de Santa Cruz, em Varsóvia, conforme o seu pedido.

Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de apenas algumas peças. Várias de suas obras têm influência do folclore polonês, como é o caso das mazurcas e das polonaises.


Alex Guimarães finalizando o projeto do livro, onde colocou 2 personagens já citados nos 2 primeiros livros:
Chico Xavier e Jerônimo Mendonça

E nas fotos abaixo, se vê a contracapa: Parte da frente da casa de Antuza
E a capa: Parte de trás da casa, onde a personagem interagiu com a foto
que foi redesenhada especialmente para ser colocada no projeto gráfico.



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18 de setembro de 2013

Huguinho

Livrinho que será lançado em Cambé-PR
no dia 06 de outubro de 2013 durante o
almoço de 100 anos do Hugo Gonçalves
HUGO GONÇALVES 

Nasceu no dia 06/10/1913 em Matão-SP, na antiga chácara da Pedreira, propriedade de seus pais, José Maria Gonçalves e Cândida dos Santos Ferreira, que se casaram em 1893 e se mudaram para este local em 1897, onde já em seguida fizeram amizade com o bondoso farmacêutico local, Cairbar de Souza Schutel. O casal também foi um dos primeiros companheiros que Schutel teve quando se iniciou no Espiritismo.


Desde adolescente, Hugo iniciou-se nos estudos da doutrina espírita nas aulas ministradas pelo próprio Cairbar Schutel, tornando-se grande amigo dele e admirador do trabalho incansável de seu mestre. Hugo iniciou sua participação nos trabalhos do Centro, escrevendo pequenas crônicas que eram lidas por ele nas reuniões de divulgação realizadas por Caibar, passando, ainda, a colaborar com a publicação de artigos no jornal "O Clarim", fundado por Caibar Schutel e que o pai de Hugo ajudava na distribuição dos exemplares pela cidade.

Aos 13 anos, passou a trabalhar com os demais irmãos (eram 13, sendo que 3 desencarnaram ainda crianças) executando duras tarefas na pedreira de propriedade da família, tendo por companheira e instrumento, uma marreta que havia ganho de presente do pai. Ainda em plena adolescência, todos os dias fulminava com o olhar uma bonita descendente de italianos, que descobriu chamar-se Dulce Ângela Caleffi. Ela, só com o passar do tempo, veio a notar aquele olhar interesseiro. Não tardou a sentir umas fisgadas no coração. Por alguns anos o romance ficou só na paquera, mas em 1930 começaram a namorar e em 21/09/1935 eles se casaram.

Neste ano, Hugo prestou serviço militar no 6º Regimento de Infantaria em Caçapava-SP. Onde no período em que ficou na cidade, frequentou o C.E. Fé pela Razão.

Em 30/01/1938, desencarnou seu amigo, Cairbar Schutel. Hugo estava de volta á Matão, participou dos últimos momentos do amigo e depois foi eleito Secretário do Centro Espírita Amantes da Pobreza, fundado pelo farmacêutico.

Dulce e Hugo Gonçalves
Em homenagem ao amigo desencarnado, o primeiro filho, fruto da união do casal, recebeu o seu nome: Cairbar. Em 1940, eles se mudam para Campinas, onde tiveram seu segundo filho: Emmanuel. Ainda residiram em Capivari e Pirassununga, antes de retornaram mais uma vez para Matão, onde vieram a residir na sessão Cambuy, da Companhia Paulista dos Ingleses, exercendo ali a função de fiscal da cultura de café.


Em 1947 se mudou para o Paraná, na cidade de Londrina, fundando num vilarejo chamado Selvas, um Centro Espírita. Ali Hugo tornou administrador de fazendas até 1953. Que foi o ano em que se mudou para Cambé, cidade vizinha. Nesta cidade e neste ano ele passou a dirigir o Centro Espírita Allan Kardec, o Lar Infantil Marília Barbosa e o Albergue Noturno Eurípedes Barsanulfo. Somente este último não existe mais, mas chegou a passar por ali um total de mais de 46 mil abrigados, os outros dois ele os dirige até hoje. Inclusive no Centro Espírita e em sua casa, passaram espíritas de nome e que sempre foram grandes amigos do Seu Hugo: Divaldo Franco, Raul Teixeira, Carlos Baccelli, José Soares Cardoso, Eurícledes Formiga, João Leão Pitta, Urbano de Assis Xavier, Jerônimo Mendonça, Therezinha Oliveira, Heloísa Pires, Sérgio Lourenço, Richard Simonetti, Eliseu Mota, Sebastião Moura, Felipe Salomão, Rogério Leite, Dayse Steagall Gomes e tantos outros. Até mesmo o “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga, se fez presente na casa, pois ele esteve em Londrina para um show e Hugo não deixou por menos, depois da apresentação lhe falou sobre as crianças que mantinha no Lar e que elas gostariam muito de ouvi-lo. No dia seguinte “Lua” deu um magnífico show no salão do Centro. 
E também desde 1953, ele é diretor de um dos jornais espíritas mais conceituados do Brasil, “O Imortal”, fundado juntamente com seu companheiro e grande amigo Luiz Picinin.

Hugo Gonçalves é responsável pela criação do "Dia da Mulher Espírita" e do "Dia da Paz", datas comemorativas aprovadas por leis do Poder Legislativo Municipal de Cambé. Não somente na cidade, mas também em todo o Brasil, é detentor de vários títulos honoríficos e sempre homenageado dando seu nome em escolas assistenciais, casa do pão, coral, etc. Pelo seu trabalho incessante e direcionado ao bem do próximo, notadamente dos idosos desvalidos e das crianças, cujo devido ao amor que ele e sua esposa Dulce tiveram para com elas, receberam o carinhoso apelido de “Paizinho” e “Mãezinha” de Cambé, respectivamente.


Hugo Gonçalves e Alex Guimarães em sua casa (março 2012)
No Lar Infantil, já foram beneficiadas mais de 800 crianças. Muitas dessas “filhas” do casal, hoje estão espalhadas pelo Brasil, casadas, com filhos e levando a semente que “O Semeador” plantou em vossos corações. Mesmo distantes, elas até hoje, algumas décadas depois, continuam ligando para o Paizinho ou o visitando periodicamente em sua casa. Após 50 anos de incansável labor junto ás crianças, em 19/05/2003, a “Mãezinha” Dulce, a adorada companheira de quase 68 anos, acometida de problemas cárdio respiratórios veio a desencarnar, prestes a completar 87 anos de abençoada existência.

O “Paizinho” não desistiu e até os dias atuais faz seu “expediente” ali todos os dias, como se fosse um devoto e assíduo funcionário. Além do trabalho de direção, da coordenação das atividades, atende a numeroso público que o procura pelos mais variados motivos: ajudas espirituais, conselhos, pedidos de alimentos, roupas, etc. Todos os sábados, ininterruptamente, Hugo juntamente de voluntários distribuem cerca de 100 cestas de alimentos para famílias carentes, com predominância de produtos hortifrutigranjeiros. Antes da distribuição, as pessoas que ali acorrem, mesmo professando religiões diversas, ouvem com atenção lições evangélicas à luz do Espiritismo.

Vale também lembrar que Hugo Gonçalves é corintiano roxo e que mesmo aos 100 anos, continua um menino, sendo ao mesmo tempo o “Paizinho” de todos. Devido a sua vida toda dedicada a fazer o bem, foi homenageado também por outro apelido: “Abnegado Servidor”, que foi o título do livro publicado sobre a vida de Seu Hugo, da autoria de Jane Martins Vilela. Outro livro que conta sua vida é: “Hugo Gonçalves e o Homem que se lembra do Sermão da Montanha”, de Geraldo Peixoto de Luna”.

Fonte: Trechos do livro sobre seu Hugo, acrescentado de grifos nossos.

OBS: Após ser publicado este artigo, o livro foi lançado no almoço de 100 anos de Hugo Gonçalves. E 9 dias depois, em 15 de outubro, o "Menino Centenário" veio a falecer em Cambé, aos 100 anos e 9 dias.

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CONFIRA TAMBÉM OS LINKS:




7 de abril de 2013

114 - ALEX entrevista MARLENE NOBRE


Depois de 65 dias sem atualizar o nosso blog, eis que voltamos com toda força! Há alguns minutos atrás fizemos uma entrevista com alguém muito especial não somente na vida de Chico Xavier, mas também na Doutrina Espírita. Foi um bate papo rápido, uma entrevista breve, mas que vem esclarecer um pouco sobre alguém que merece todo o respeito de espíritas e simpatizantes do mundo todo.

Ela é médica ginecologista aposentada.
Especialista em prevenção do câncer uterino.
Está lutando incansavelmente contra a legalização do aborto.
Viúva do político, advogado e professor universitário Freitas Nobre.
Trabalhou com Chico Xavier em Uberaba e foi amiga íntima dele em MG e S
É Presidente da AME – Associação Médico-Espírita, não somente do Brasil, mas também da AME Internacional.
É editora responsável pelo jornal Folha Espírita.
É diretora da Creche Lar do Alvorecer.
É escritora de renome. E seu nome é
Marlene Rossi Nobre.


ALEX - Oi Doutora Marlene, tudo bem? Fale-nos um pouco sobre como surgiu a AME?

MARLENE
- A AME-São Paulo surgiu em 30 de março de 1968 e ela foi o embrião de todas as AMEs.
A AME-Brasil foi fundada em 17 de junho de 1995, congregando 9 AMEs, hoje somos 52 AMEs no Brasil.
A AME tem por finalidade levar a Alma à Medicina, no duplo sentido, na pesquisa científica e no calor humano.
Toda a orientação da sua fundação veio do doutor Bezerra de Menezes em dezembro de 1990, quando me apareceu e me deu todas as informações do que eu deveria fazer, acentuando que o encargo era solicitado por Jesus.
Temos publicados livros e uma revista trimestral virtual: “Saúde e Espiritualidade”.

ALEX - E como anda os trabalhos da AME atualmente no Brasil e no mundo?

MARLENE - Nosso trabalho pode ser resumido em Pesquisa, Estudo e Ensino, Assistência e Benemerência. Assim, vamos caminhando devagar, mas sempre.
No exterior, temos estado na Europa todos os anos e nos Estados Unidos a cada dois anos. A AME INTERNACIONAL já está nos seguintes países: Brasil, Colômbia, Cuba, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Portugal e Suíça.
Já temos editado a revista em inglês e brevemente sairá em espanhol.

ALEX - Freitas Nobre: Um político espírita que não pode ser esquecido. Fale um pouco dele para nós, por favor, sem modéstias hein (risos).

MARLENE - Freitas também tem como patrono nosso doutor Bezerra de Menezes. Sempre teve a orientação dele através do Chico.
Fundou a Folha Espírita que continuamos até hoje.
Foi, sobretudo, um idealista.
E, graças a Deus, é um exemplo para a classe política. Por isso mesmo muito respeitado ainda hoje.

ALEX - Chico Xavier: O Servo de Jesus. Como era seu relacionamento com ele?

MARLENE - Desde outubro de 1958 tornei-me amiga de Chico Xavier, quando estava no segundo ano de Medicina.
Trabalhei diretamente com ele de janeiro de 1959 a dezembro de 1962
Adquiri imensas responsabilidades com isso.
Falar de Chico é referir-se a um apóstolo do Cristo, seu fiel servidor.

Livro escrito por Marlene e Geraldinho
ALEX - "Não será em 2012": Adorei e recomendo sempre! O que você tem a dizer sobre isso, agora em 2013?

MARLENE -
Temos de nos preparar porque não está longe o dia (faltam somente 6 anos) para as transformações mais profundas que estão esperadas para o planeta.
Jesus nos ajude a procurar a Paz e a segui-la.

ALEX – Assim seja! Doutora Marlene, estamos muito felizes com sua visita á nossa cidade de São José dos Campos. O que você poderia nos dizer sobre estas homenagens prestadas ao Chico Xavier e que você está fazendo parte dela?

MARLENE - Sou muito pequenina para essa homenagem, mas falo com o coração.
Que a lembrança da vida de Chico seja um alento e um alerta para todos nós. Alento para buscarmos a vivência da paz, alerta para errarmos menos e exemplificarmos mais.

ALEX - Quero agradecer-lhe a entrevista, o tempo concedido de atenção á nós voltado e por estar sempre solicita aos nossos questionamentos.

MARLENE -
Um abraço fraterno a todos com votos de que continuemos a servir com amor na seara do Mestre, trabalhando com sinceridade pela nossa melhoria íntima e pela paz na Casa Planetária abençoada que Jesus nos concedeu.



1 de fevereiro de 2013

113 - ORSON entrevista ALEX GUIMARÃES

Sempre entrevisto as pessoas, mas desta vez eu é quem fui o entrevistado.
Orson Peter Carrara (já foi um de nossos entrevistados) fez esta divulgação de nosso trabalho sobre o livrinho "Gigante Deitado - A História de Jerônimo Mendonça", na Revista Semanal "O Consolador" e no Jornal "O Imortal".

Link da entrevista: http://www.oconsolador.com.br/ano6/296/entrevista.html
Carta ao leitor: http://www.oconsolador.com.br/ano6/296/cartaaoleitor.html
Jornal: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/oimortal/2013/Fevereiro_2013.pdf

Abaixo copiei a entrevista caso alguém não conseguiu ver nos links acima!

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)


Alex Sandro Cardoso Guimarães:

“Podemos enxergar e andar, mas fazemos um terço do
que Jerônimo fazia?”

 O jovem confrade, autor do livro infantil “Gigante Deitado –
A História de Jerônimo Mendonça”, fala sobre essa
obra e seus novos projetos
 
 

Alex Guimarães (foto), como é mais conhecido, espírita desde 2005, nasceu e reside em São José dos Campos, no interior paulista. Integrante do Grupo Espírita Ismael na mesma cidade, é Assessor de Produção do Programa Visão Espírita na TV Net. Funcionário de uma empresa de laticínios, publicou o livro “Gigante Deitado – A História de Jerônimo

Mendonça”, livro infantil da Solidum Editora, motivo de nossa entrevista. Seu trabalho também pode ser conhecido pelos portaiswww.gigantedeitado.blogspot.com e www.alexscguimaraes.blogspot.com 

Como surgiu a ideia de um livro infantil falando de Jerônimo Mendonça? 

Eu estava realizando uma pesquisa sobre o Jerônimo para organizar um livro sobre ele para os adultos. E em certo dia fiquei a pensar em minha mãezinha - já desencarnada – durante o dia todo, quando senti em determinado momento uma intuição como que se ela dissesse: “Filho, desenhe!”. Ela adorava ver-me desenhando quando criança e há uns 15 anos eu não fazia isso. Então, obedecendo ao apelo, peguei uns sulfites e sem saber o que desenhar deixei a inspiração fluir. De repente, lembrando das pesquisas que estava realizando naqueles dias comecei a desenhar o Jerônimo em forma de personagem infantil. Em minutos estavam ali várias folhas espalhadas pelo quarto. No dia seguinte, o Roosevelt e a Jovani, da Solidum Editora, estariam na minha cidade em palestra e senti novamente aquela intuição, desta vez para mostrar-lhes o trabalho. E eis que eles o aprovaram!  

Como foi feita a pesquisa para publicação? 

Em maio de 2011 fui pesquisar sobre o Jerônimo para fazer um quadro sobre ele no programa espírita do qual eu participo na TV. E para isso, além de reler alguns livros que eu possuía dele, fui conversar com minha vizinha Maria Luísa Freire, que foi plantonista do Jerônimo por 9 anos até o seu desencarne em 1989. O programa foi ao ar em julho e muitas pessoas diziam: “é preciso divulgar mais a figura deste vulto espírita”. A partir destes comentários e desta pesquisa para o programa surgiu a ideia de escrever um livro, o que foi confirmado realmente ser meu propósito após uma agradável conversa com o escritor Jamiro dos Santos Filho, de Araguari-MG. Como já havia dito, deste livro para adultos foi gerado o infantil. As pesquisas foram feitas não somente através dos livros, mas também com viagens que realizei a algumas cidades onde Jerônimo, enquanto encarnado, gostava muito de visitar: Cambé, Londrina, Itapetininga, Campinas, Santo André, Sacramento, Uberaba, Ituiutaba... Nesses locais eu gravei depoimentos, colhi arquivos de áudio, imagens e ainda estou aberto a recebê-los. Quem tiver algo que possa contribuir com essa pesquisa, seja bem-vindo! 

E as ilustrações? 

Quando entreguei os desenhos aos editores, confesso que fiquei com um pouco de vergonha, pois não os achei viáveis de serem publicados. Acreditei que eles serviriam de base para algum ilustrador fazer seus próprios desenhos na editora, mas para a minha surpresa, quando tive os livros em mãos, lá estavam as ilustrações da maneira que eu as entreguei, exceto os planos de fundo que a editora fez para melhorar os meus singelos desenhos. Gostei muito! 

O que mais lhe marcou o coração nos exemplos de vida daquele que foi considerado O Gigante Deitado? 

A resignação com que ele aceitou tudo o que ocorreu com seu corpo físico, as dores que ele sentia e, mesmo assim, rir de si mesmo, cantar aos finais de suas palestras, não reclamar de nada e levar o Evangelho a todos os lugares do Brasil em que era chamado. Ele só movia o pescoço, era cego e mesmo assim publicou 6 livros, 2 discos, fundou 3 casas espíritas, 1 creche, 1 feira do livro espírita, fazia um programa de TV, um de rádio e o culto no lar todos os dias. Isso é o que me marca nele, pois eu penso: Podemos enxergar e andar, mas fazemos um terço do que ele fazia?  

Como as crianças têm recebido a obra? 

No pré-lançamento do livro estiveram presentes muitas crianças, algumas nem eram espíritas, isso que achei interessante! No mesmo dia, uma amiga que havia saído dali enviou-me uma foto onde sua filhinha estava com o livrinho em mãos mostrando ao seu priminho. Foi gratificante aquela cena. E no dia seguinte estive em um programa radiofônico falando sobre o livro e seu personagem. Ao término dele, recebemos no estúdio a visita de duas meninas que, acompanhadas dos pais, vinham pela estrada ouvindo o programa e  queriam comprar a obra. Tiramos fotos juntos, mostrei fotos do Jerônimo para elas compararem com os desenhos e estas manifestações de carinho têm sido muito gratificantes. Principalmente no dia do lançamento oficial, onde houve atividades com as crianças falando do Jerônimo, fazendo dinâmicas para entenderem o que vem a ser a deficiência visual. Isso fez as crianças se identificarem muito com o Gigante Deitado. Esta é a proposta e objetivo do livro: mostrar quem foi ele para esta nova geração.  

Você teve contato com Jane Martins Vilela, autora do livro O Gigante Deitado? Como foi? 

Sim. Quando iniciei minhas pesquisas, conversávamos quase que diariamente, pois ela sempre ajudou-me nessas questões. E depois nos vimos em duas ocasiões, uma em Cambé e outra em Campinas. Quando estive em Cambé na casa de Hugo Gonçalves, ela deu-me total atenção nos dias em que por lá fiquei. E certa noite, enquanto conversávamos, uma senhora que nos observava de longe, sem nunca ter-me visto e sem saber o motivo de eu estar por ali, chegou até nossa bondosa Jane e lhe comunicou que entre nós, enquanto conversávamos, estava Jerônimo Mendonça. Foi uma emoção enorme! Recentemente, quando a editora comunicou-me que o título do livro seria “Gigante Deitado”, de imediato comuniquei a Jane preocupado que ela talvez achasse o título parecido com o de sua autoria, mas, para minha surpresa, ela foi a primeira pessoa a parabenizar-me por e-mail ao saber que meu livro havia sido publicado. Estou a relatar isso para que as pessoas tenham a consciência de que não é nossa intenção assemelhar um título ao outro, mas sim identificá-los. Seria como o pai (livro do Jane) e o filho (o livro infantil) que foi gerado através dele. Recomendo a todos este belo livro da Jane, editado pela editora “O Clarim”. 

Conte-nos um fato peculiar no projeto da obra. 

Durante toda a elaboração do projeto, sempre tive experiências muito emocionantes com a espiritualidade e com o próprio Jerônimo. Pessoas que nem imaginavam eu estar realizando tal pesquisa chegavam com informações de que eu necessitava naquele instante e médiuns que trouxeram comunicações impressionantes colaborando e incentivando-me no projeto. Mas algo que recordo neste momento ser um dos fatos mais peculiares, e até se tornou público, ocorreu durante uma transmissão ao vivo do programa radiofônico “Vivência Espírita”, no qual o convidado daquele dia, o respeitado médium psicográfico de Tremembé, Ari Rangel, recebeu uma mensagem no ar e direcionada à minha pessoa. Foi muito emocionante porque, além de eu estar ouvindo, naquele exato minuto eu havia começado a gravar o áudio de meu rádio, no momento em que ele dizia: “(PREITO DE GRATIDÃO) Irmãos queridos, quero aqui aproveitar o doce ensejo para demonstrar o meu preito de gratidão ao nosso irmãozinho amigo, que lembra de nossa desvalida pessoa, com seu livro para crianças... Meu filho, que Jesus o abençoe nesta sua estrada, em direção à luz! Que o Mestre Excelso de sempre esteja sempre em seus ideais de vida! E, aos amigos queridos, igualmente estendo o meu abraço! Fiquem todos com Deus! Com o carinho do irmão sempre necessitado. (JERÔNIMO MENDONÇA)”.   

Você tem material preparado para palestras sobre Jerônimo e sua vida? 

Sim, pois tenho recebido fotos raras do Jerônimo, fitas ainda em k7 e VHS, que estou minuciosamente transferindo para outros formatos, além de contar com os depoimentos de pessoas que conviveram com ele, obras de seu próprio punho enquanto escrevia, materiais diversos que utilizo em palestras e alguns inéditos que estou reservando para serem mostrados apenas quando o livro para o público adulto for publicado.  

E os projetos futuros? 

Além deste livro sobre o Jerônimo, pretendo escrever um conto sobre duas colegas de escola para o público adolescente, que ainda não passei para o papel, mas está todo arquivado em meu gravador, pois as ideias foram surgindo e eu as registrei no aparelho. Terminando de organizar o do nosso “Gigante”, devo começar a escrevê-lo. E na literatura infantil, que para mim foi uma surpresa ingressar neste meio, já temos um outro a caminho, que já foi aprovado pela editora. Ele também traz uma biografia para as crianças, mas desta vez são de 2 vultos do Espiritismo no mesmo livrinho, um desencarnado e o outro que ainda se encontra em nosso meio fisicamente. Será uma surpresa!  

Algo mais que gostaria de acrescentar? 

A minha pretensão na elaboração do “Gigante Deitado – A História de Jerônimo Mendonça” era que se fosse feito em braile para as crianças deficientes visuais terem acesso ao conteúdo também, mas sabemos das dificuldades que temos para fazer uma publicação deste nível, o que acabou se revelando não ser realmente possível. E ainda sobre o livrinho infantil, os direitos autorais da obra eu os cedi à editora, com o que, a cada exemplar adquirido, o comprador estará contribuindo com a ACEAK (Associação Cultural Espírita Allan Kardec), de Barra Bonita, São Paulo. E para finalizar nossa conversa, quero aqui deixar o meu agradecimento pelo seu interesse em divulgar nosso trabalho e parabenizar “O Consolador” pelo maravilhoso trabalho que realiza semanalmente. Que, a exemplo de Jerônimo, possamos ser mais felizes e menos sofredores. Que Jesus abençoe a todos! “Que beleza!”, como diria nosso Jerônimo.

17 de janeiro de 2013

112 - ALEX entrevista WALDENIR CUIN



Nosso entrevistado de hoje é administrador de empresas e ex-jogador de futebol.
Articulista em dois jornais não-espíritas de sua cidade, Votuporanga, S.Paulo.
Ele nasceu em Cosmorama, S.Paulo e desde 1972 é espírita.
Atualmente é presidente do Centro Espírita Humberto de Campos.
Nesta casa ele foi um dos fundadores da Mocidade Espírita e também um dos criadores da Associação Beneficente Irmão Mariano Dias, onde são atendidas 170 adolescentes e crianças.
É escritor e já tem sete livros publicados, que são excelentes!
Nosso amigo já fez duas célebres entrevistas com o "Gigante Deitado", Jerônimo Mendonça Ribeiro. E hoje sou eu quem o entrevisto: WALDENIR CUIN.

* Entrevista realizada em fevereiro de 2012 

ALEX - Olá querido amigo Waldenir! Como você se iniciou na Doutrina Espírita?

Waldenir Cuin
WALDENIR - Tivemos os primeiros contatos com o Espiritismo na juventude, através de um primo nosso, João Cuin, que na época residia em Uberaba, quando em conversa com ele apresentamos um drama que vivíamos, isso em 1970, quando contávamos com dezessete anos de idade,  pois que  estávamos vinculado, profissionalmente, a um time de futebol, que disputava a segunda divisão da Federação Paulista e sofríamos constantes contusões, até o momento em que tivemos que nos submeter a uma cirurgia no joelho, o que praticamente nos tirou dos gramados.
Tal acontecimento nos abalou muito, pois sonhávamos em seguir carreira, e, repentinamente tudo desmoronava. Foi então que começamos a estudar a literatura espírita, por sugestão do nosso parente e isso nos proporcionou enorme conforto, esclarecendo os revés que sofríamos no momento.
Em seguida nos ligamos a Mocidade Espírita "Humberto de Campos", em Votuporanga, cujo Centro Espírita, estamos até hoje.    

ALEX – Novidade pra mim, um ex-jogador de futebol, que maravilha! Mas há algo em sua vida que não é novidade pra mim e gostaria que você comentasse aos nossos leitores, é sobre seus filhos. Você teve 2 filhos: Marcelo e Tatiana, mas sua filha desencarnou...

WALDENIR - ...Sim, a Tatiana desencarnou vitimada por um atropelamento, aos cinco anos de idade.
Eu e o Marcelo presenciamos todo o acontecimento sem que nada pudéssemos fazer. A Tatiana desencarnou sem ser possível qualquer tentativa de socorro.
Foi, para toda a família, um momento de extrema dor que a Doutrina Espírita muito ajudou com os seus sábios e oportunos esclarecimentos.
Cremos ser a maior dor que podemos sentir aqui na Terra, mas o Espiritismo tem informações valiosas quanto ao nosso passado, que projeta o nosso presente. Isso, obviamente, não diminui a dor, mas consola e esclarece...

ALEX – ...Mas há pouco tempo nasceu seu netinho, o Enrico. Qual o significado e a esperança que ele fez nascer em você?

WALDENIR - As leis de Deus são extremamente sábias, pois quando a nossa casa começa a ficar vazia, com a saída dos filhos para seus destinos, chegam os netos para nos trazer novas alegrias, experiência, renovando e dando outros rumos à nossa vida.
Com o Enrico voltamos a brincar com bola, a correr pelo quintal, a sentar no chão para brincar com carrinhos e a fazer um monte de coisas que jamais imaginávamos que voltaríamos a fazer.
Os netos são uma sobrevida, com intensas atividades. Eles botam "fogo" em nossos dias.

ALEX – “Botafogo” nisso (risos). E Waldenir, como é escrever colunas espíritas em jornais não-espíritas?

WALDENIR -
Aqui em Votuporanga, graças a Deus, temos uma característica interessante e muito oportuna. Os dois jornais diários da cidade, tanto o "Diário de Votuporanga", como o "A Cidade", aos domingos destinam um página cada um para artigos religiosos, gratuitamente. Assim padres, pastores e espíritas podem escrever seus artigos.
Aproveitando, então, essa disponibilidade desde 1981 estamos publicando nossos artigos espíritas. No total veiculamos, nesse período, 1080 artigos.
Somos imensamente gratos aos Empresários Nelson Camargo ( in memorian) e João Carlos Ferreira, proprietários dos jornais citados, pela grande sensibilidade e compreensão.
Fazemos também, aos domingos, um programa espírita na Rádio Clube de Votuporanga, também sem pagar nada, isso devido ao altruísmo do seu diretor Dirceu Camargo.

ALEX - E em quais periódicos espíritas você escreve?

WALDENIR -
Temos publicado artigos na "Folha Espírita", de São Paulo,  na Revista Eletrônica "O Consolador", de Londrina,  na Revista "Verdade e Luz", de Lisboa, Portugal e em outros periódicos, que em muitas oportunidades, inserem os nossos artigos.

ALEX - Você escreveu um livro, o "Mensagens de Esperança e Paz" onde você reuniu 40 crônicas sobre as passagens do Evangelho. Poderia nos citar alguma delas de forma resumida?

WALDENIR - No livro citado inserimos dois textos; "A missão da paternidade" e "Filhos; instruí-los ou educá-los", que tem a proposta de chamar a nossa atenção para a questão da educação dos nossos filhos.
Vivemos, atualmente, um momento muito delicado, onde os valores da dignidade, honradez, da ética e outros estão sendo preteridos, nascendo uma busca desenfreada por conquistas passageiras e perniciosas, como alcoolismo, sexo irresponsável, indiferenças profissionais e outros.
Sem uma educação de base, norteada pelas sábias lições do Cristo, a humanidade estará andando na contra-mão do progresso moral. Isso é preocupante.

ALEX - Fale um pouco para nós sobre o seu livro "Otimismo e Alegria".

WALDENIR - Como o próprio título sugere, mais do que nunca temos imensa necessidade de uma vida de otimismo e de alegria. Pelo otimismo superaremos todos os desafios que surgem desafiando as nossas forças e pela alegria realizaremos as tarefas necessárias com mais confiança em Deus.
Todos nós passamos por dificuldades na presente encarnação, mas tais barreiras nos fazem mais fortes e mesmo em meio as turbulências não precisamos ser tristes e deprimidos.
Deus a ninguém desampara, assim nada melhor do que confiar Nele e seguir de cabeça erguida.

ALEX - Você também escreveu "Usando Nossos Talentos" e em seguida "Multiplicando Nossos Talentos", foi á pedidos que fez esta continuação?

WALDENIR - Felizmente o livro "Usando Nossos Talentos" foi bem aceito e, por sugestão da editora EME, de Capivari, São Paulo; demos sequência nos textos, enfocando a idéia de que todos nós podemos movimentar os recursos que estão à nossa disposição, assim nasceu, então, "O Multiplicando os Nossos Talentos".
Ao nosso redor existe um mar de recursos e mecanismos que podem ser multiplicados em favor do próximo e da nossa ascensão espiritual, assim, não percamos tempo e saiamos a servir cada vez mais.

ALEX – Adorei os dois livros, são ótimos! Usarei alguns temas abordados nestes dois últimos livros citados para elaborar as próximas perguntas, ok? Em um desses livros, você abordou de forma magnífica o tema "aborto", o que você poderia nos dizer á respeito disso de uma forma geral?

WALDENIR - É uma pena que tanta gente recorre a essa prática hedionda e desumana. O aborto é um crime monstruoso, pois que matamos o nosso próprio filho e o fazemos com a máxima frieza e insensibilidade.
Quem fizer uso do aborto, não tenha dúvida, pode esperar para os dias do futuro uma colheita farta de dor profunda.
Não podemos alegar ignorância, o assunto já foi por demais debatido, quem abortar ou ajudar á abortar, sem dúvida, ainda não entendeu os ensinamentos cristãos. Qualquer justificativa apresentada na defesa da prática do aborto terá a imoralidade como base.

ALEX - E o que seria um "Suicídio Indireto"?

WALDENIR - A ciência tem nos orientado muito quanto a forma de utilizar bem o nosso corpo.
Alimentação inadequada, sedentarismo, bebidas alcoólicas, tabagismo ou outros tóxicos mais pesados, têm sido os vilões maiores do nosso regresso mais cedo à vida espiritual.
Quando reencarnamos, programamos um tempo aproximado para vivermos na Terra, com a intenção de realizar as tarefas propostas. Acabar com o corpo antes da hora é uma forma de suicídio; o indireto, pois que a criatura não tem a intenção de morrer, mas vive de forma tão descuidada e irresponsável que desencarna precocemente.

ALEX – Um suicida como André Luiz em “Nosso Lar”...Waldenir, falamos de seus filhos, seu neto...E agora gostaria que você comentasse uma frase sobre as nossas crianças que está em seu livro: "Por omissão e indiferença, estamos contribuindo para a formação de uma geração insensível, rebelde, viciada em tóxicos, desocupada, violenta..."

WALDENIR - É um velho problema da educação. Quase sempre confundimos instrução com educação. Instruir é dar aos nossos filhos conhecimentos, isso os educandários fazem. Educação é formar caráter, isso só a família será capaz de fazer.
Uma criatura pode ser instruída sem ser educada, mas uma criatura educada será também instruída. Bin Laden era instruído, mas não era educado. Chico Xavier era educado e também instruído.
Ou a família toma as rédeas da educação dos filhos ou nossos rebentos terão perdido a oportunidade da presente reencarnação.

ALEX - Como conseguimos evitar o Mal fazendo o Bem? Realizando a "Missão de Luz"? Gostei muito do que você escreveu sobre isso, que devemos "varrer as sombras..."

WALDENIR - A questão 642 de "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec nos esclarece profundamente sobre o assunto.
"Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?
Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”
Assim, somente fazendo o bem, no limite das forças, conseguiremos varrer as sombras que obscuressem a nossa visão espiritual.

ALEX - Entramos em 2012 e em seu mais recente livro, você tem um capítulo intitulado "Desperta, tu que dormes", o co-relacionando ao o que Paulo de Tarso disse em Efésios 5:14. Os Tempos estão chegados?

WALDENIR - Sim, os tempos estão chegados para nossa tomada de consciência, pois nunca se teve tantas informações, tantos esclarecimentos sobre as nossas reais finalidades aqui na Terra, ou seja, redenção do nosso passado e aquisição de novas experiências para o futuro.
Quem não estiver engajado no contexto dessa realidade, por certo, perde seu tempo e adia a conquista da paz e da felicidade que tanto busca.

ALEX - Neste livro você também fala sobre a questão 491 de "O Livro dos Espíritos", sobre a missão do Espírito Protetor, então lhe pergunto: Qual a missão dele? E a nossa nessa parte?

WALDENIR - A missão do Espírito protetor é nos orientar e ajudar na lide com as nossas ações e a nossa parte é fazer o trabalho que nos foi proposto.
O que tem acontecido é que diante da nossa inércia e comodismo queremos passar o nosso serviço para que os benfeitores realizem.
Nos ajoelhamos em oração, mas temos pouca vontade de levantar  para a ação. Em realidade gostaríamos que caíssem benesses dos "céus", para que não empreendêssemos tantos esforços em busca de evolução e aprimoramento.
Sem muitos esforços na melhoria de nós mesmos e sem muitos sacrifícios e renúncias, voltaremos ao mundo espiritual da mesma forma como de lá saímos, para a nossa decepção é claro.

ALEX - Waldenir, que seu Espírito Protetor continue a lhe proteger e lhe instruir cada vez mais, para assim, você nos proporcionar reflexões tão belíssimas como estas que nos expõe em suas obras literárias e nesta entrevista que estou agraciado por ter-me concedido. Muito obrigado pela força de sempre!