25 de dezembro de 2012

110 - Divulgação do LIVRO

  Queridos leitores,

  Venho por meio desta pedir-lhes desculpas pela ausência e falta de atualização no blog durante esses quase 2 meses. 

   Durante o mês de novembro estive divulgando o lançamento do nosso livrinho infantil "Gigante Deitado - A História de Jerônimo Mendonça"  e no mês de dezembro por ser comerciante, trabalhei das 7hs ás 22hs diariamente até o Natal.

   Mas hoje, resolvi publicar algo para esclarecer estes fatos e agradecer os e-mails recebidos de leitores preocupados não somente com o blog, mas também com a minha pessoa, perguntando sobre meu estado de saúde e espiritual. 

   Prometo, apesar de nosso singelo trabalho, retomar na próxima semana, com novas entrevistas. A primeira de 2013 será com o médium e escritor Wanderlei Oliveira, em seguida teremos uma recém-realizada com Sônia Rinaldi, sobre Telecomunicação Instrumental. E teremos muito mais: Eduardo Valério, Dodô, Alkindar de Oliveira, Ismael Batista, etc...

   Neste mês de dezembro, a "Revista Cooperando" fez uma reportagem sobre o nosso trabalho e quero compartilhar com vocês abaixo.

   

   E se você quiser maiores informações sobre o tudo o que rolou nos meses de novembro e dezembro com respeito ao livro, é só clicar nos links que copiei abaixo do blog que fizemos especialmente para esta obra literária infantil.

   Um abraço fraternal á todos e obrigado pela compreensão com respeito á não atualização do blog. Que Jesus abençoe á todos!


Quer saber como foi escrito o livrinho?
Clique sobre o link e veja a história:


http://gigantedeitado.blogspot.com.br/2012/10/lancamento-oficial-do-livro.html

Quer saber como foi o lançamento do livro?
Clique sobre o link e veja as fotos:
http://gigantedeitado.blogspot.com.br/2012/12/fotos-dos-lancamentos.html


2 de novembro de 2012

109 - Lançamento de LIVRO INFANTIL

Queridos irmãos (as) do BLOG do ALEX

Venho convidá-los á conhecer o BLOG do GIGANTE DEITADO

www.gigantedeitado.blogspot.com

E é com grande alegria que venho convidá-los para o lançamento oficial do livro
"Gigante Deitado - A História de Jerônimo Mendonça". 

O preço do livro será especial:
R$ 15,00

 ENTRADA FRANCA

 ESTACIONAMENTO PRÓPRIO 

 Sejam todos bem vindos! Crianças, Evangelizadores, Adultos e Irmãos de outras religiões.

Abaixo está o cartaz e no blog você vai ter muito mais informações!
Além de se conectar com o site da Solidum Editora e o da Solidum Kids
que foi feito especialmente para os Evangelizadores e as Crianças poderem
brincar, jogar, colorir e saber um pouco mais sobre Jesus! Confiram! 




Se você quiser comprar o livro pela internet, clique abaixo sobre os links e pesquise quais as melhores condições:


Kit com 5 livros infantis
"Gigante Deitado" (incluso)

Editora Solidum 

Livraria Candeia

Livraria Boa Nova

Livraria Cultura


LOCAIS de VENDAS do LIVRO


São José dos Campos-SP

1 - Livraria Casa do Caminho*
Av. Rui Barbosa, 231. Vila Maria. SJCampos Tel (12) 3941 - 9735

2 - Disk Livros Facilivros*
Rua Bambuí, 60. Jd. Satélite. SJCampos Tel (12) 3931 6935

* Em ambas livrarias com preço de lançamento (R$ 15,00)

São Paulo-SP

1- Livraria Cultura

Av. Paulista, 2073. Bela Vista - São Paulo - SP Tel (11) 3170 4033 Fax (11) 3285 4457


2- Livraria Cultura - Shopping Villa Lobos

Av.Nações Unidas, 4777. Jd. Universidade Pinheiros - São Paulo - SP (11) 3024 3570


3 - Livraria Cultura - Shopping Market Place

Av. Dr. Chucri Zaidan, 902. Vila Cordeiro - São Paulo - SP Tel (11) 3474 4033


4 - Livraria Cultura - Shopping Bourbon

Rua Turiassu, 2100. Perdizes - São Paulo - Sp - Tel (11) 3868 5100 Fax (11) 3868 5122


5 - Livraria Boa Nova

Rua Maria Paula, 123. Centro - São Paulo - SP Tel (11) 3104 1270



CAMPINAS-SP


Livraria Cultura - Shopping Iguatemi

Av.Iguatemi, 777. Lojas 4 e 5 - Piso 1 - Vila Brandina - Campinas  Tel (19) 3751 4033 


Catanduva-SP

1 - Livraria Candeia

Rua Minas Gerais, 1516. Centro - Catanduva - SP Tel (17) 3524 9808


2- Livraria Boa Nova

Av.Porto Ferreira, 1031. Pq. Iracema - Catanduva - SP Tel (17) 3531 4444

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Para mais informações sobre vendas nas cidades de

PORTO ALEGRE, RECIFE, BRASILIA, FORTALEZA, SALVADOR, RIO DE JANEIRO e CURITIBA,

cliquem sobre o link http://www.livrariacultura.com.br/scripts/servicos/lojas.asp

Em breve: vendas em TAUBATÉ e JACAREÍ

18 de outubro de 2012

108 - ALEX entrevista EURÍPEDES KUHL

O nosso entrevistado de hoje é alguém muito especial.
Ele é muito importante para a nossa Doutrina Espírita.
Tem contribuído em muito com seus estudos e livros.
Além de grande pesquisador, é fiel á Allan Kardec.
Fez um importante estudo sobre as obras de André Luiz.
Nascido em 21 de agosto de 1934, hoje tem 78 anos.
Natural de Igarapava, é casado e possui 2 filhos.
Além de ser Militar do Exército, é Bacharel
em Administração de Empresas e Economia.

Por sua autoria publicou o célebre "Animais, Nossos Irmãos" pela editora Petit.
Além de "Sonhos - Viagens á Alma", "Deus, Espírito e Universo", "Fragmentos da História - Pela Ótica Espírita", "Raio-X do Livro Espírita", "Sexo: Sublime Tesouro", "Tóxicos: Duas Viagens", "Genética e Espiritismo", "O Ametista e o Jatobá", "Trânsito, Educação e Xadrez", "Genética - Além da Biologia", "Centro Espírita: Pronto Socorro Espiritual" e dentre outros.

E seus livros psicografados são: "Uma Partida de Amor", "Sempre há uma Esperança", "Três Arco-Íris", "Infidelidade e Perdão", "Transplante de Amor", "Os Tecelões do Destino" e "Saara, Palco de Redenção" (estes pela Editora Petit). E "Almas em Chamas", "Jogo - Mergulho no Vulcão", "Escravos de Ouro", "Tráfico - Doloroso Resgate", "O Quartel e o Templo", "O Prisma das Mil Faces", dentre outros...

Ufa! Quanta coisa o nosso entrevistado já fez! É hora de apresentá-lo!
Com grande honra entrevistei EURÍPEDES KUHL

Eurípedes Kuhl
ALEX - Olá Eurípedes tudo bem? Você é espírita desde criança?

EURÍPEDES - Sim. Nasci em lar espírita e já aos seis anos comecei a frequentar as aulas de evangelização infantil no Centro Espírita da minha cidade - Igarapava - permanecendo como aluno até a juventude, tendo ingressado na “mocidade espírita” aos treze anos, como um dos fundadores dela.
   Apenas como pequeno fato histórico narro para os mais jovens como era difícil “ser espírita” na minha adolescência: cursando o então primário, durante a aula semanal de religião — diga-se: de Catolicismo, pois ministrada por um padre — a professora me mandava sair e eu ia para o pátio do Grupo Escolar, onde ficava sozinho, até acabar a dita aula. Isso porque, ao me matricular, minha família declarou “espírita” à pergunta do formulário, sobre o credo religioso. Daí fui proibido de assistir “aulas de religião” da 2ª à 4ª série...Na 1ª série isso não aconteceu porque a cursei na Escola Eurípedes Barsanulfo, anexa ao Centro Espírita da minha cidade natal.

ALEX - Puxa vida Eurípedes! E como surgiu a mediunidade em sua vida?

EURÍPEDES - Em 1974 - com 40 anos - e de uma forma psicologicamente desconfortável, pois comecei a ter sonhos recorrentes sobre desastres aéreos, que se confirmavam em, no máximo, 48 horas. Queda de aviões não é rotina, mas também não são raras. Acontece que eu passei a saber onde e quando. Aí, não me restou escape: procurei frequentar reunião mediúnica, na tentativa de entender o que isso representava.
   Antes de procurar o Centro Espírita, interiormente já sabia, ou melhor, já sentia que estava sendo "experimentado" pelo Plano Espiritual. Sentindo isso, decidi que era inescapável administrar a mediunidade. Então, agi com extrema prudência e muita oração. Resultado: cessaram os sonhos sobre aviões, mas vieram outros sobre tragédias, que cedo ou tarde aconteciam, com detalhes idênticos aos que sonhara. Isso durou algum tempo, até desvanecer-se, graças a Deus.
   Esse foi um processo que eclodiu em pouco tempo e aliado a algumas dificuldades vivenciais. Nada físico. Só inúmeros questionamentos, na mente. Inicialmente psicografei mensagens doutrinárias, por 15 anos, até que vieram os livros!

ALEX - Sendo assim, você acha que o Espiritismo abre novos caminhos para uma vida melhor?

EURÍPEDES - Disso não há de se duvidar: a Doutrina dos Espíritos demonstra com lógica irretorquível o porquê dos acontecimentos da vivência de todos nós, individual ou coletivamente. Como estamos ainda num planeta de provas e expiações é natural que o sofrimento seja uma constante, mais com uns, menos com outros, tudo segundo a pedagogia sábia e justa da Lei de Causa e Efeito. Jesus, o Mestre dos mestres, lecionou que “a cada um segundo suas obras”, o que o Espiritismo consigna de forma poética: “a plantação é livre, porém a colheita é obrigatória”. Assim, com esse entendimento, o indivíduo tem consciência de que eventuais percalços em sua vida decorrem daquilo mesmo que ele plantou. Se não nesta, certamente em outras existências, outras vidas. Revolta afastada, resignação presente, com certeza o Amor do Pai, a Caridade de Jesus e o amparo dos Espíritos bondosos darão forças e bálsamo para os que sofrem.

ALEX - E como lidar com as grandes transformações planetárias neste mundo chamado por alguns de conturbado?

EURÍPEDES Tendo 77 anos (entrevista concedia em maio de 2012) posso mesmo afirmar que minha presente existência terrena se divide em quatro etapas:
- A primeira, do meu nascimento (1934) ao fim da II Guerra Mundial (1939-1945) – vida difícil, racionamento de energia e alimentos...
- A segunda, com as fantásticas descobertas da Ciência, a começar da energia atômica, o DNA, a eletrônica, a informática e tantos e incessante avanços tecnológicos;
- A terceira compreende a influência social da juventude que a partir dos anos “60” rebelou-se com o status quo e criou uma nova maneira de viver;
- A quarta (e atual) etapa iniciou-se com “a queda do muro de Berlim”, do que resultou mundialmente a formação comercial, financeira e social de blocos de países.
   No entanto, se nesses setenta anos os avanços materiais transformaram o modo de vida da maioria da humanidade, nem por isso a desejada evolução moral acompanhou tanto progresso físico, do que faz prova a quantidade de pessoas desempregadas: cerca de 200 milhões de pessoas, no mundo todo, a par de milhões de famílias vivendo na miséria, em praticamente todos os continentes.
   Tanto avanço e tanta disparidade de condições de vida. Lidar com essa triste dicotomia e a consequente turbulência no dia a dia é tarefa das mais difíceis, à primeira vista, mas que na verdade se mostra viável àqueles que pautam seus atos segundo as lições e exemplos do Mestre Jesus.
Fundamentalmente eu diria que a paz é companheira de quem observa as Leis de Deus, que Kardec tão bem elencou em o “O Livro dos Espíritos”, Parte terceira – Das Leis Morais.

ALEX - Agora falando sobre os "Animais, nossos irmãos" - Quando eles morrem, para onde vão?

EURÍPEDES - Ainda em o “O Livro dos Espíritos”, além de várias citações em outros livros espíritas, mormente alguns da série “A Vida no Mundo Espiritual”, do Espírito André Luiz, com psicografia do inolvidável Chico Xavier, os animais quando morrem permanecem no plano espiritual, sem consciência de seu estado.

ALEX - E lá na Espiritualidade: Como é a vida deles?

EURÍPEDES - Sempre pelas mesmas fontes da pergunta anterior é nos informado que na Espiritualidade os animais não têm consciência do seu estado. Alguns, poucos, permanecem mais tempo lá, em missões de ajuda a equipes de assistência a Espíritos necessitados e endurecidos.

ALEX - Se eles não têm inteligência como a humana, quem os orienta depois da morte?

EURÍPEDES Instrutores zoófilos, especializados, que os amparam e classificam. Esses abnegados protetores cuidam dos animais até a próxima reencarnação que, via de regra, não tarda.
   Nada objeta crermos que no Plano Espiritual há instituições e áreas extensas, exclusivamente destinadas a animais. Essas instituições, mantidas e administradas por veterinários amorosos cuidam dos animais que desencarnaram por quaisquer tipos de injúrias ou traumas físicos.

ALEX - E por que existem alguns animais que sofrem tanto e outros que não?

EURÍPEDES - Essa é uma questão ardente, posto que se os animais não têm consciência de seus atos, o que os levaria a sofrer? Transcrevo abaixo pesquisa que realizei em depoimentos dos Espíritos Emmanuel e do próprio Allan Kardec sobre a dor nos animais.
Partindo da premissa de que Deus é a Perfeição Suprema e o Amor Absoluto, em nenhuma hipótese poderíamos aventar a menor possibilidade de que isso consista injustiça ou equívoco da natureza. Outro tem que ser o enfoque.
Aqui, entra em cena a condição esclarecedora do Espiritismo.
Vamos nos demorar mais um pouco nas reflexões sobre a dor, de modo geral...

ALEX - Sem problemas, pode se estender á vontade Eurípedes, com você temos muito á aprender, essa entrevista está sendo uma aula para todos nós...

EURÍPEDES - Em “A Gênese”, no capítulo III, Allan Kardec filosofa com grande profundidade sobre o bem e o mal, analisando detalhadamente sobre instinto e inteligência e, particularmente, sobre a “destruição dos seres vivos uns pelos outros”.  No item 21, esclarece que “a verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo”.  Aqui, já temos conteúdo suficiente para refletir que danos físicos que destruam a matéria, isto é, dos quais resulte a morte, não destroem o espírito (naturalmente, revestido do perispírito, que os animais também os têm, embora de matéria mais rudimentar que a humana).
   Prossegue Kardec, agora no item 24: “nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta é pela satisfação da imperiosa necessidade — a alimentação; lutam unicamente para viver; é nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida”.

ALEX - Esclarecedor Eurípedes, prossiga...

Eurípedes Kuhl
EURÍPEDES - O Espírito Emmanuel nos es­clarece, de forma a não deixar quaisquer dúvidas, que a dor representa aprendizado, constante da trilha evolutiva de cada ser vivo, rumo à evolução; essa informação é textual, cristalina e não deixa margem a derivações filosóficas.  Ei-la:

“Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se, também, angariando os recursos preciosos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
   O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução”.
(O REFORMADOR, Junho, 1987 - FEB).

   Assim, mesmo que para muitos de nós tal seja penoso aceitar, prudente será refletir muito sobre o tema e sobre o quanto ainda ignoramos das coisas de Deus;  alenta-nos considerar, com veemência, que o Pai jamais abandona qualquer dos Seus filhos.  Com essa certeza, fica afastada, "ab initio", que a crueldade que vitima animais seja indiferente à Vida e ao Amor de Deus, presente no infinitamente perfeito Plano da Criação.
   E Juvanir Borges de Souza, então Presidente da FEB, em “Tempo de Renovação”, no capítulo 20, na página 164, arremata: “para bem compreendermos o papel da dor será necessário situá-la como a grande educadora dos seres vivos, com funções diferentes no vegetal, no animal e no homem, mas sempre como impulsionadora do processo evolutivo, uma das alavancas do progresso do princípio espiritual”.

Diante dessas assertivas, refletimos:

- Animais sofrem para que registrem em sua memória espiritu­al, eterna, que a dor dói, é ruim; assim, ao evoluírem, alcançan­do a inteligência, já trarão na bagagem cognitiva, que a dor deve ser evitada - a própria, por autopreservação e a do próximo, por ser esse um dos conselhos de Jesus para a evolução espiritual;

- Nada nos impede de considerar que a dor, nos animais, completado o a­prendizado, não mais se repetirá, sendo muito provável que ao de­sencarnarem, seja em que condições sejam, o sofrimento é interrom­pido no ato da desencarnação e sob patrocínio caridoso dos Missionários do Amor Eterno;

- Aliás, não cremos que seja necessária mais de uma experiência dolorosa, para fixação do aprendizado; como existem milhares de espécies e milhões de moradas no Universo, há grande probabilidade que os animais percorram muitos desses mun­dos, em corpos adequados, acumulando experiências;
- Como a restauração perispirítica é uma realidade do Plano Maior, nada nos impede também de imaginar que os perispíritos dos animais, se danificados, ali serão recompostos por Geneticistas Siderais, os mesmos que pro­movem as modificações tendentes à escala evolutiva da espécie - vide “A Caminho da Luz”, no capítulo “A Grande Transição”.

- Se animais forem "anestesiados" por Espíritos Protetores, na hora do abate, para evitar a dor, ali não ocorreria fixação do aprendizado evolutivo; contudo, nada nos objeta raciocinar que em muitos, muitos casos mesmo, isso ocorra, porém em outras circunstâncias; por exemplo: quando a crueldade humana esteja presente, infligindo sofrimento a animais cujo programa reencarnatório não o previa.

- Aos Espíritos que amam os animais, a eles provavelmente é delegada a função de orientar as espécies animais quando no plano espiritual e de os proteger, quando no material; neste, fazem-no com abnegação e amor, criando "habi­tats" e mantendo os ecossistemas;   assistindo-os nos momentos difíceis pelos quais passam;  consideremos, por exemplo, que quan­do um predador de grande potencial ofensivo (nunca se esquecer de que foram os Promotores da Vida que disso o equiparam...) ataca uma indefesa presa (também de organismo engendrado pelos Guardiões da Vida Eterna), Deus está presente num e noutro animal;  pela Lei do Progresso, certamente, no avançar do tempo, os papéis talvez sejam invertidos, após o que, ambos já te­rão em sua memória espiritual tal lembrança (automatismo biológico-espiritual); atingindo a razão/inteligência, só cometerão violência por autodecisão, a bordo do livre-arbítrio;  e, a partir do livre-arbítrio, a evolu­ção passa a ser balizada pela Lei de Causa e Efeito - Ação e Rea­ção.

   Por oportuno, vejamos alguns trechos das sempre elucidativas instruções de Allan Kardec, Espírito, clareando o assunto, através mensagem contida em “O Diário dos Invisíveis”, nas páginas de 73 á 75 da 1ª edição, de 1927, psicografada por Zilda Gama:
 
   “Bem sabeis que a dor, física e moral, é a lixívia que alveja a alma enodoada do ser consciente e responsável por seus atos; é a lâmpada que a inunda de luz, tornando-a eternamente radiosa...Se só o homem fosse suscetível à dor e às enfermidades e os irracionais tivessem os organismos imunes ao sofrimento, insensíveis como o aço, romper-se-ia o elo que os vincula pela matéria, que é semelhante em todos os animais...Os animais, quer os de constituição semelhante à do homem, quem os de organismos imperfeitos, não padecem, como os racionais, unicamente para progredir espiritualmente, pois são inconscientes e irresponsáveis, mas Deus, que tudo prevê, não os fez insensíveis à própria defesa e conservação, como meio de serem domesticados, tornando-os úteis às coletividades.
   Um cavalo que fosse indiferente à dor seria capaz de precipitar-se, com o cavaleiro, ao primeiro abismo que se lhe deparasse, tentando livrar-se da sela e da carga importuna que lhe tolhem os movimentos, privando-o de viver às soltas pela vastidão dos prados ou à sombra das florestas. Por que recuam, temerosos, ante a ameaça de um calhau ou de uma farpa, um cão ou um touro enfurecido? Com receio do sofrimento que teriam se fossem por eles atingidos...Os irracionais necessitam da dor, para que possam, em estado de liberdade, defender a própria vida, temer as sevícias, sofrear os impulsos ferozes, procurar repouso e alimento, tornar-se menos perigoso ao homem, manter o instinto de conservação, que não teriam, se os seus corpos fossem desprovidos de sensibilidade. O homem progride mais pelos padecimentos morais que pelos físicos; nos irracionais predominam estes sobre aqueles...A dor é útil aos animais para que os fracos e pequenos se defendam dos fortes e cruéis, procurando esconderijos inacessíveis a seus adversários nas furnas ou nas mais altas frondes”.

ALEX - Bravo! Bravíssimo! Falei que esta sua entrevista está sendo uma aula? Sou seu fã Eurípedes! Falo isso de coração, você sabe da admiração que tenho por seus estudos, livros e pesquisas, principalmente pelas sinopses das obras de André Luiz, que falaremos á seguir, mas ainda quero lhe perguntar mais duas coisas sobre os animais: Existem animais médiuns? Que tem mais sensibilidade que outros?

EURÍPEDES - Sou dos que acreditam, definitivamente, que não há mediunidade em animais. Não obstante, também creio que muitos deles têm percepções espirituais claras, o que leva algumas pessoas a confundi-las com mediunidade. Sem sofismar, encerrando essa dúvida, pergunto se há possibilidade de algum animal repassar uma mensagem, executar um quadro em tela, noticiar sobre outros animais com os quais tenha convivido e que já morreram também...

ALEX - (Risos) ... E Chico Xavier quando via seu irmão José desencarnado, ele aparecia com seu cão de estimação - também desencarnado - ao seu lado. Isso é normal?

EURÍPEDES - Quanto à vidência do Chico eu diria que sim, isso era normal. Quanto ao fato do animal acompanhar o dono, na Espiritualidade, também considero plenamente viável.

ALEX - Falando em Chico Xavier, você fez um precioso estudo sobre as suas 13 obras ditadas por André Luiz, que inclusive transformou-se em um curso, o "A Vida no Mundo Espiritual", onde na qual já lhe disse que tenho a apostila e adoro este seu método empregado nele. Eu aconselharia todas as casas espíritas do mundo á ler suas sinopses colocadas nesta apostila e estudá-las com mais afinco. Qual a importância de se estudar André Luiz?

 
EURÍPEDES - Ah, as obras de André Luiz, o grande repórter da Espiritualidade!
Quanta sabedoria, quantas lições, quanta consolação, quantos esclarecimentos!
Tenho enorme admiração pela obra de André Luiz e sou dos que a consideram matéria moral adequada para toda a Humanidade. Tenho esperança de que ainda neste milênio será matéria ministrada em todos os níveis escolares, no mundo todo, tamanha e tanta é a profundidade dos ensinamentos que contem.

ALEX - Você é muito modesto Eurípedes (risos) E o próprio Chico, você o viu pessoalmente nem que tenha sido por apenas uma vez?

EURÍPEDES - Estivemos com o Chico, eu e minha esposa e amigos, todos de São Paulo, lá em Uberaba, uma tarde toda e até de madrugada. Participamos da caminhada da fraternidade - distribuição de gêneros e envelopes com dinheiro para famílias muito pobres - e depois da reunião mediúnica no Centro Espírita. Chico chamou-me pelo nome e depois, de “doutor”. Até hoje não sei por quê...

ALEX - ...Um dia vai saber (risos). E o "Gigante Deitado", Jerônimo Mendonça? Você o conheceu pessoalmente também?

EURÍPEDES - Sim, conheci-o pessoalmente: visitei-o lá na cidade de Ituiutaba, onde ele nasceu em Minas Gerais. Tive a oportunidade de manter longo diálogo com ele, captando tratar-se de um Espírito resignado com o atroz sofrimento que o vitimou nesta existência terrena: artrite reumatoide.
   A vida desse missionário, derreada de dores e patologia incapacitante é um exemplo para todos os que também passam por doenças graves: sendo estudioso do Espiritismo, Jerônimo foi um verdadeiro apóstolo de esperanças para os que assim como ele sofrem.

ALEX - Eurípedes, quero lhe agradecer imensamente pela atenção e carinho para conosco. Que Jesus lhe abençoe cada vez mais. E que Josué, Roboels e tantos outros espíritos continuem á lhe inspirar sempre. Obrigado meu irmão!

Eurípedes Kuhl
EURÍPEDES - Em primeiro lugar - e só agora...na última pergunta - agradeço-lhe de coração, amigo e irmão em Jesus, caro Alex, a honra que me concede por esta entrevista.
   Encerrando, penso em Deus e em Jesus:
            A Terra é uma embarcação-escola há muito a navegar, no Mar da Evolução. No seu tombadilho  — o Espiritismo — , está o Brasil-moral, obediente ao Mestre, convidando e acolhendo quantos queiram ser navegantes.  Com Jesus no comando e timão desse grande barco que é o mundo, nos seus dois compartimentos — o material e o espiritual —, conjeturamos, com grande possibilidade de acerto, que o Brasil-físico, com o farol espírita aceso, será o porto seguro onde atracará a embarcação "Humanidade", levando imigrantes de boa vontade e ora rumando para um destino mais feliz, o da regeneração.
   Deus nos criou, a todos os seres vivos, para a felicidade!







1 de outubro de 2012

107 - ALEX entrevista DR. ALESSANDRO de PAULA


Ele é Juiz de Direito de Itapetininga-SP.
Tem uma coluna na revista virtual "O Consolador".
Nosso entrevistado destaca-se por sua excelente oratória.
É espírita desde os 13 ou 14 anos por influência de sua família.
Filho de Ivan Vieira de Paula e sobrinho de José Antonio (de Cambé-PR).
Por seus pais e avós sempre hospedarem os oradores visitantes de sua cidade,
nosso entrevistado privou-se da intimidade com Raul Teixeira, Divaldo, Jerônimo Mendonça...
É um grande estudioso da Doutrina e está prestes á publicar seu primeiro livro.
Eis o DR. ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA.

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Em 25 de agosto de 2012 á convite de Ivan Vieira de Paula, estive realizando uma palestra em Itapetininga-SP. Aproveitando que estava em sua casa e contando com a presença de seu filho Alessandro, o entrevistei. Já nos conhecíamos de suas visitas á São José dos Campos e Jacareí. A próxima entrevista de nosso blog será com seu pai Ivan, que também aproveitando a ocasião, acabei por realizá-la.

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Dr. Alessandro V. Vieira de Paula 
ALEX – Como o Espiritismo entrou em sua vida?

ALESSANDRO - Bem...foi a partir da conversão da minha família ao Espiritismo. Quando meu pai tornou-se espírita por influência do irmão José Antonio, eu tinha na época em torno de 13 e 14 anos. Então, a partir do momento em que meu pai tornou-se espírita, cativou em mim também este desejo, esta vontade de conhecer o Espiritismo na juventude e por ser jovem nós tínhamos muitas perguntas, muitas dúvidas á respeito da vida, á respeito de alguns fenômenos que ocorriam em nosso dia a dia, e fomos então encontrando todas essas respostas na doutrina espírita. Desde os meus 13 e 14 anos aproximadamente eu passei á freqüentar a mocidade espírita do Centro Espírita Allan Kardec aqui de Itapetininga, a partir dali começou o nosso estudo á respeito da doutrina e na verdade na medida em que estudávamos a doutrina, percebíamos que era um conceito que já acreditávamos. Então, tenho plena convicção que já trazia muito conhecimento do mundo espiritual, que nada pra mim foi novo, foi um complemento, um despertar de conceitos que já haviam dentro de mim. Foi muito interessante neste sentido e desde a minha mocidade eu já fui muito dedicado ao estudo, á leitura, o que não é muito comum entre alguns jovens. Resumindo, a doutrina entrou em minha vida por influência familiar na minha mocidade e desde lá já são aí aproximadamente 26 anos de doutrina espírita, estudo e comprometimento ininterrupto. E registro a minha gratidão á doutrina, pois se não fosse ela em minha vida certamente estaríamos caminhando aqui na Terra com muito mais perturbação e conflito. A Doutrina Espírita é este farol que nos norteia e desde a minha mocidade eu tenho este farol para tornar a minha vida mais agradável e sobre tudo com uma meta existencial que é o nosso progresso.

ALEX -  Eu sei que você é um espírita exemplar, assim como seu pai e o seu tio lá de Cambé que também o conheço. E fico aqui agora á imaginar como deve ser também um juiz de direito. Como você concilia isso: ser juiz e espírita ao mesmo tempo?

ALESSANDRO – Na verdade nós somos primeiramente espíritas de formação e magistrado por profissão. Então, foi algo interessante porque a minha área inicial foi processamento de dados, fiz até faculdade (risos). E eu não tinha nenhum contato com Direito, embora meu avô e meu tio eram formados, mas não exerciam propriamente a profissão. Eu tenho muito vínculo espiritual com Itapetininga e estudando fora eu sentia muito saudade da cidade. Então, eu passei por influência de um amigo num concurso do fórum de escrevente, a partir dali mudou toda a minha vida. Esse amigo meu foi um braço da Espiritualidade para me convocar para a área correta, onde havia o meu compromisso de planejamento reencarnatório. Eu passei no concurso do fórum já com 18 anos, como escrevente comecei a cursar Direito em uma faculdade aqui local me formei. A minha idéia inicial era passar em algum concurso melhor, mas depois ao longo do tempo foi-se definindo a magistratura e hoje até por revelação do nosso companheiro Raul Teixeira, eu soube que na reencarnação anterior eu já fui um magistrado e já trouxe essa tendência, essa inclinação. E hoje estamos aqui para corrigir o que fizemos de errado naquela oportunidade. Hoje eu consigo conciliar bem, não tenho problemas. As pessoas costumam perguntar: Como é que você consegue julgar sendo espírita? Eu falo que julgo fatos, não julgo a pessoa! Pra mim não importa se é o João, se é o Pedro, ou a Maria...Nós julgamos o fato em si e aplicamos a lei. E hoje mais particularmente em minha área cuido de presídios, de benefícios de presos e eu não encontro nenhuma dificuldade. Não é porque o juiz é espírita que vai soltar todo mundo (risos), vai colocar todo mundo na rua, porque na verdade precisamos prestar contas ás leis humanas e as leis de Deus. Nós aplicamos as leis humanas, mas temos que ter essa visão amorosa, essa visão mais sensível da vida do semelhante. Quando dou um benefício para um preso nós vibramos para que ele aproveite aquela oportunidade que ele teve por merecer. À luz da doutrina espírita, mais cedo ou mais tarde todos são recuperáveis, principalmente á luz da reencarnação. Então é isso, eu concilio numa boa porque eu repito e falo: Eu não julgo a pessoa, mas o fato em si!

Raul Teixeira
ALEX – Você falou sobre o Raul Teixeira e sabemos da sua admiração e amizade para com ele, sendo assim lhe pergunto: Quem é o Raul Teixeira? O que ele representa pra você em sua vida?

ALESSANDRO – Posso dizer que ele é um anjo da guarda encarnado! Nós temos os espíritos que nos ajudam do outro lado da vida e temos espíritos encarnados que nos ajudam aqui. Pra mim ele é um benfeitor encarnado muito querido, que desde a minha mocidade acompanho suas palestras e livros, ele tinha um vínculo muito grande com a nossa região pelo Ivan de Albuquerque que é um dos espíritos que se manifesta e se comunica por ele, tem livros para a juventude, a família do Ivan de Albuquerque é aqui da cidade. Então desde a minha mocidade eu lembro do Raul que vinha aqui periodicamente fazer palestras em nossa região e que ficava em nossa casa pelo vínculo que ele tem com o meu pai. Dali foi nascendo uma amizade, um carinho muito grande e na oratória do Raul eu gosto muito da pedagogia que ele usa nas palestras, gosto muito também da metodologia que o Benfeitor dele Camilo usa nas obras. Então, eu fui me identificando com a leitura. Em algumas oportunidades fui o responsável por levar o Raul em nossa região, sendo assim, fui o conhecendo melhor através de conversas, da intimidade dele e isso foi aumentando cada vez mais o carinho por ele. Ele é um benfeitor que periodicamente nos orienta quando possível, agora mais difícil devido ao seu problema de saúde, mas nos orienta e sentimos ás vezes durante o sono a presença dele nos visitando, aconselhando e ajudando no campo espiritual, é esse o carinho deste orador que tem mais de 40 anos de oratória, quase 40 livros psicografados, tem um serviço muito grande prestado á doutrina espírita e ao Bem. E juntamente com outros confrades em Niterói ele tem o Remanso Fraterno que cuida de crianças. Ele é este benfeitor e modelo porque ele é um desses que prega toda a pureza da doutrina, pureza no sentido de viver a doutrina. Eu gosto do discurso dele em que ele diz que precisamos nos empenhar cada vez mais para viver aqui na Terra afinados com a Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus.

ALEX – Você falou sobre os livros do Raul Teixeira, você acha que hoje os espíritas deveriam ler mais Raul, mais Divaldo, mais Chico...?

ALESSANDRO – Com certeza, isto é estatístico: o público brasileiro é o povo que menos lê no mundo! O público espírita tem por sua vez este tipo também de dificuldade de leitura, e quando a faz se utiliza de leituras superficiais. Infelizmente hoje nós temos uma enxurrada de livros mediúnicos de má qualidade. Há os de boa qualidade, mas há muitos de má qualidade. Muitos querem ficar naquele “romance água com açúcar” que não tem nenhum ensinamento doutrinário. Então, caberia sim ao movimento espírita buscar as obras de Raul Teixeira como você citou, Divaldo Pereira Franco, Francisco Cândido Xavier...somando esses três autores nós temos aí aproximadamente 700 livros: Chico aproximadamente 420, Divaldo 220 e Raul quase 40. E temos também outros autores renomados do passado como Cairbar Schutel, Herculano Pires, temos os clássicos da Doutrina Espírita: León Denis, Gabriel Dellane, Camile Flamarion e obviamente os livros de Allan Kardec que não se limitam ás cinco obras básicas que nós conhecemos, elas se expandem para a Revista Espírita...

ALEX – E que ninguém se lembra (risos)

ALESSANDRO - ...Exatamente, e que ele escreveu durante 12 anos. A nossa leitura começa por Kardec e devemos nortear a  nossa vida fazendo as devidas complementações por estes autores que nós referimos, pois eles tem muita credibilidade, conquistaram a nossa confiança. Quando você pega um livro do Raul, do Divaldo ou do Chico nós não temos dúvidas, eles estão realmente colocando nas páginas aquilo que provém da Espiritualidade Superior. Então fica aqui o convite para que se faça leituras desses e de outros autores que mantem um vínculo muito sério com a literatura espírita.

ALEX – E quando você esteve lá em São José dos Campos, no programa radiofônico Vivência Espírita, eu lhe fiz um pergunta que irei repetir aqui agora, pois você sabe que sou um admirador de sua oratória e fico á imaginar como seria um livro de sua autoria, devido aos conteúdos que você coloca em suas explanações. Então aí vai: Você não pensa em escrever um livro?

ALESSANDRO – Eu me identifico mais com a oratória, confesso que tenho mais facilidade para falar do que para escrever, mas surgiu sim este sonho e eu já tenho um livro terminado que está pendente sobre análise em algumas editoras. Há uma semana estive em Niterói e conversando com um representante da Editora Fráter (que edita os livros do Raul Teixeira) ele acabou por se interessar pelo livro. Este meu livro é uma gratidão que tenho á uma autora espiritual chamada Amélia Rodrigues, ela escreve pelo Divaldo Pereira Franco sobre o Evangelho de Jesus e eu encanto-me com ela desde a minha mocidade. Seus livros enriquecem o Evangelho de tal maneira que não encontramos no Novo Testamento, ela desdobra as histórias. Um exemplo, a passagem que fala da mulher adúltera ela conta o que aconteceu com ela antes e depois, o que aconteceu com o marido, o traidor...Amélia complementa o evangelho com uma riqueza poética incomum. Então, esse primeiro livro que eu o nominei “Jesus, o Celeste Amigo” são lições dela de alguns livros que eu trago e amplio o comentário.
Eu escrevo também um artigo em uma revista semanal virtual de Espiritismo que eu aproveito para divulgar, que é do Paraná, a www.oconsolador.com.br

ALEX – Eu á acompanho, do nosso confrade Astolfo.

ALESSANDRO – E até o final do ano eu completo 20 artigos – 80% dos meus artigos eu falo de lições do espírito Camilo – e pretendo com eles formar um livro também. E para esses dois livros, um a destinação de nosso direito autoral será para o Remanso Fraterno e o outro aqui para a Entidade Assistencial Chico Xavier que está começando. Como não é nosso, é da doutrina, é dos espíritos, eu não gostaria de fazer disso um lucro. Tenho projeto para quem sabe um terceiro livro, mas repito que meu gosto mesmo é para a oratória, o livro vem apenas para complementar este compromisso de divulgação da doutrina.

ALEX -  E falando em oratória, na última vez que nos vimos, lá em Jacareí, você estava realizando uma palestra sobre “sexualidade”. Hoje em algumas casas espíritas – vamos dizer assim – você acha que ainda há um preconceito ou um certo tabu em falar sobre este assunto?

ALESSANDRO – Por via das regras as religiões tem dificuldade em se tratar deste assunto, por conta daquela visão clássica de que o sexo é algo imundo, pecaminoso e que não deve ser conversado, mas a partir da doutrina espírita nós tiramos este véu pecaminoso do sexo e passamos a entender que é uma função da vida que merece ser dignificada e exercida nobremente com amor. Mas mesmo assim, como você enfatizou raramente nós vemos palestras com este tema, embora existam livros sobre isto. Temos Chico Xavier com “Vida e Sexo”, “Amor e Sexo”; temos Raul Teixeira com muitas entrevistas tratando deste assunto; temos também Divaldo com muitos livros, por exemplo o “Sexo e Obsessão”; enfim... O codificador fala em “O Livro dos Espíritos” de uma forma mais sucinta, mas toca á respeito da questão sexual também, mas carece sim, pois o próprio Philomeno de Miranda diz que o sexo é o vício mais predominante na criatura humana, ás vezes não no exterior, mas no íntimo, na mente, na mídia, nos filmes...a pessoa por fora se controla, mas a mente é um turbilhão de libido descontrolado e isso traz prejuízos espirituais. Então caberia á título de esclarecimento, já que a doutrina tem este papel de iluminação de consciências, caberia ás casas espíritas e mocidades espíritas tratarem deste assunto aproveitando-se dessa riqueza de obras e de lições provenientes da espiritualidade superior. Lá em Jacareí nós abordamos uma vertente da homossexualidade, que também é um tema espinhoso, vemos muito preconceito, vemos uma sociedade homofóbica, mesmo na casa espírita vemos ás vezes intolerância, as pessoas julgando mal e conceituando mal achando que a homossexualidade é imperfeição moral, é doença, é obsessão, na verdade os espíritos explicam que não é isso, pois temos que ter uma visão de compreensão e de compaixão. Então, isso é um assunto que carece sim ser mais explorado e mais estudado dentro do movimento espírita.

Dr. Alessandro de Paula e Alex Guimarães
ALEX – E depois de termos falado sobre diversos assuntos, literatura espírita, judiciário, sexualidade...que mensagem final você poderia deixar aos nossos leitores? E aproveito para agradecer sua atenção e disponibilidade aqui na casa de seu pai, muito obrigado Alessandro.

ALESSANDRO – Nós é que agradecemos por este canal de comunicação, é sempre muito agradável falar sobre a doutrina espírita, como nós falamos no início da entrevista, é uma dívida de gratidão para com a doutrina, quando podemos falar dela é como se estivéssemos externando a nossa gratidão á ela, porque se nos fez bem fará bem á tantas pessoas. Eu fico com  um discurso que eu acho muito interessante onde o Raul Teixeira fala a respeito dessa lógica da doutrina espírita, do refletido pensar, não dessa fé cega, mas sobretudo pela vivência espírita. Eu acho que as vezes, nós religiosos, nós espíritas, acabamos deixando um pouquinho de lado afrouxando-nos na parte moral. Nós estudamos, vamos á casa espírita, ouvimos as palestras, mas não nos esforçamos tanto para viver o Evangelho. A nossa sociedade hoje não está tão carente, digo assim, ela não precisa tanto de mais católicos, mais evangélicos, mais espíritas...ela precisa de mais homens de Bem. O que tem faltado em nossa sociedade são virtudes, paz, amor, pessoas que vivam dessa forma no ambiente doméstico, social e na vida profissional. Esse é um recado que nós deixaríamos para todos e eu aí me incluo neste recado, para que possamos refletir mais sobre Jesus, sobre a sua proposta e se realmente estamos nos empenhando á vivê-la intensamente no nosso dia, para assim criarmos um vínculo com a Espiritualidade Superior e com Deus. Pois voltaremos á Pátria Espiritual, chegará a hora da prestação de contas de nossa própria consciência e que essa transição possa se dar pacificamente, tranquilamente e para isso temos que viver bem agora, pois não sabemos quando voltaremos para o Além. Esse é o recado, que possamos viver mais o Cristo, é disso que estamos precisando! 



15 de setembro de 2012

106 - ALEX entrevista JOÃO TEODORO


Ele é militar da Reserva.

É escritor e palestrante espírita.

Ele trabalha na Fundação Espírita André Luiz.

Auxilia no Centro Espírita Nosso Lar (Casas André Luiz)

Possui 5 livros editados: "Almas que se Amam", "Algemas de Nossas Vidas" e "Renúncia de Uma Paixão" (pelo espírito Frei Antonio Maria), além do livro juvenil "O Beijo do Colibri" (pelo espírito Melissa) e o "Um Amor Diferente - Nossas Escolhas" (pelo espírito do Augusto Cézar Vanucci).

 

Nosso entrevistado é o meu grande amigo JOÃO ALBERTO TEODORO.

 
 
Alex Guimarães e João Alberto Teodoro
ALEX - Querido irmão João, por favor, conte-nos como você se iniciou na Doutrina Espírita?

JOÃO - Na realidade  acho que já nasci na doutrina...pois desde criança a minha mediunidade estava aflorada, mas iniciei mesmo em 1982.

ALEX - E o seu relacionamento com as Casas André Luiz, mais precisamente o Centro Espírita Nosso Lar?

JOÃO - Como falei foi no Centro Espírita André Luiz que comecei, e aí não parei mais, fiz curso de Doutrina, Aprendizes do Evangelho e trabalho hoje na Editora que faz parte da Fundação Espírita André Luiz e nos trabalhos mediúnicos do Centro.

ALEX - E os livros? Como que iniciou tudo?

JOÃO - Comecei a escrever desde pequeno. Mas o primeiro livro foi "Almas que se Amam" e ele só foi concluído mesmo em 1993, porque eu ainda tinha dúvidas sobre o que estava recebendo (risos), mas depois pesquisando o que recebia, via que batia. Então foi me dando mais confiança.

ALEX - Agora falando de outro livro "O Beijo do Colibri", você poderia nos esclarecer, se possível, quem foi o espírito Melissa?

JOÃO - Claro, ela foi nesta encarnação uma prima minha, um doce de pessoa, partiu ainda jovem, mas nossa ligação foi muito grande. Foi por ela que as mensagens aos parentes vieram com mais intensidade. Assim que retornou a pátria espiritual ela se adaptou a nova vida e começou a passar a história do livro, que fala da importância da doação de órgãos e do preconceito religioso. É um livro destinado aos que estão iniciando na doutrina e aos jovens.
   Ela já me passou a sequência do livro, mas estou esperando o momento certo para  mandar analisar.
 
ALEX - Vamos aguardar (risos). E o famoso frei Antonio Maria, que escreveu os maravilhosos registros históricos: "Renúncia de Uma Paixão", "Almas que se Amam" e "Algemas de nossas Vidas"? Poderia nos contar um pouco sobre ele e como foi o primeiro encontro entre vocês?
 
JOÃO - Este espírito me faz viajar no passado, sinto a presença dele muito constante, inclusive agora (risos).

ALEX - Que legal! (risos)

João em entrevista ao nosso programa "Visão Espírita"
JOÃO - Estivemos por muitas encarnações juntos e ele sempre me amparando, estando no meu círculo de afetividade. Está muito ligado a minha família. Ele pertenceu aos primeiros cristãos, que estiveram com Jesus - livro "Almas que se Amam" - Depois voltou como frei franciscano em "Renúncia de uma Paixão", depois como um preto velho em "Algemas de nossas Vidas", onde vivemos no Vale do Paraíba, ambos como escravos. Ele sempre relata fatos relacionados com a História. Na primeira vez que o vi, estava eu na Escola de Especialista de Aeronáutica, em Guaratinguetá, e passava por sérios problemas. Pedi ajuda á Deus e ele me apareceu (Frei Antonio). Consegui ver seus pés, sua sandálias, sua túnica, mas quando fui ver os eu rosto não consegui, era muita luz. Lembro que acordei chorando, mas feliz, porque sabia que tudo daria certo e que não estava sozinho.

ALEX - Eu já quis ser padre, não sei se foi o seu caso, mas vejo um sacerdote em você (risos). Sei que você já foi coroinha igual eu (risos). Talvez seja por isso que eu gosto tanto de livros com padres e freiras autores (risos). Este seu livro "Renúncia de Uma Paixão" fala da época da Inquisição Espanhola. E mesmo o Papa João Paulo II pedindo perdão publicamente por estes atos praticados pela Igreja...Mesmo existindo livros como os seus explicando que muitos de nós hoje espíritas talvez estivemos "colocando fogo" nas pessoas naquela época vestindo-se de trajes monásticos...Você acredita que os espíritas hoje para "atacarem" os nossos irmãos católicos, ficam "batendo nesta mesma tecla" sobre Inquisição de modo agressivo e até preconceituoso? Pois muitos de nós espíritas reclamamos de preconceito para conosco, mas muitas vezes é nós que temos para com os católicos, protestantes...
 
JOÃO - Meu amigo, esta página em especial mexe muito comigo, porque eu vivi lá na Espanha, como um personagem do livro...Eu era padre sim...e errei muito, perdendo minha mediunidade na época. Com relação ao preconceito, não podemos ter, afinal você falou bem: Hoje nós criticamos os erros do passado, mas nós pertencíamos á Igreja na época. Então éramos nós. Assim como éramos os perseguidores dos primeiros cristãos. Os espíritas tem que se amar mais, respeitar os irmãos de caminhada, cada qual está numa faixa de entendimento, não fiquemos remoendo ou culpando os atos que nós mesmos fizemos.
   Temos que lembrar que também nós estamos caminhando para a evolução e não somos perfeitos não, temos muitos erros  para burilar. O preconceito é um, o outro é o orgulho, não sinta-se orgulhoso porque segue a doutrina espírita, você deve ser Cristão.  Isso será seu passaporte para se apresentar na nova morada que Jesus prepara pra todos nós e que pode ser aqui na Terra mesmo.

ALEX - Voltando á falar em 1º encontro, gostaria de fazer duas perguntas em uma (risos): Você conheceu o Augusto

Vannucci foi um dos ícones mais importantes da TV brasileira

Cesar Vannucci pessoalmente? E como foi a primeira vez que ele se apresentou á você em espírito?

JOÃO - Bem...Eu não o conheci pessoalmente, mas admirava o trabalho dele. A primeira vez que o vi, estava eu ainda em Avaré, trabalhando com um grupo pequeno e não dei tanta importância (risos), mas depois que retornei ás casas André Luiz e aos trabalhos da qual já fazia parte, comecei a vê-lo com mais frequência, mesmo porque eram realizados no prédio onde funcionava a TV Mundo Maior.

ALEX - Como foi a reação do filho dele ao saber que você havia escrito um livro pelo espírito do pai dele? O que ele disse sobre isso e sobre esta maravilhosa obra que está sendo um sucesso, que é o livro "Um Amor Diferente - Nossas Escolhas", ditado pelo espírito do Augusto Cesar Vannucci, psicografado por você e editado pela Mundo Maior.
 
JOÃO - Ele tem vários filhos, mas tive a aceitação de todos, expliquei o que era a obra e qual a finalidade. E que toda a renda, como os direitos autorais, seriam para a Fundação Espírita André Luiz, no qual as Casas fazem parte. Quem mais me apoiou, foi o Thomas, ele é diretor de teatro e cinema e mora no Rio de janeiro, tanto é que fez questão de que eu fosse lançar o livro no Teatro Vannucci. Tenho por eles um grande carinho e pelo Thomas em especial pelo apoio, na divulgação e carinho que sempre demonstra por mim. Ele ainda trará algumas novidades com relação a esta obra. Hoje ele continua com o trabalho do pai, divulgando a doutrina, juntamente com o Joel Vaz, grande amigo do Vannucci e um irmão em Cristo que reencontrei.
 
ALEX - Quando estivemos juntos em outra ocasião você nos falou que recebe vários e-mails e recados pelo facebook de muitos homossexuais dizendo que estão felizes em encontrarem um livro com esta temática: Homossexualismo. Fale um pouco para nós, por favor, sobre esta obra e sobre estes leitores - esse feedback!

JOÃO - Pra mim é uma alegria, receber os relatos destes amigos, irmãos, felizes, por tirarem do coração o peso da culpa, começarem a ver a vida de outro ângulo. O Vannucci é bem claro de que nada é pecado se temos um sentimento puro, fraterno, um amor verdadeiro para com outra pessoa. A opção sexual escolhida por nós não impede de sermos verdadeiramente cristãos. Jesus não condenava ninguém, ele não tinha preconceito, pelo contrário, quebrava os preconceitos da época, vivia  juntos aos enfermos, da alma e do corpo, coisa que os sacerdotes da época discriminavam.

ALEX - Ainda falando sobre o livro, que projeto é esse da Mundo Maior em editar seu livro em inglês? Que maravilha!

Capa do livro "Um Amor Diferente" editado em inglês
JOÃO - Estou feliz pela FEAL (Fundação Espírita André Luiz) escolher o meu livro para ser o primeiro á ser traduzido para o inglês. Foi feito pelo Rick Medeiros e a capa escolhida é que foi me passada pelo Vannucci. Está sendo bem aceito pelos americanos. A capa da segunda edição aqui no Brasil também será esta.

ALEX - Parabéns João, fico muito feliz por você. O Vannucci mesmo no além não pára de produzir eihn (risos). E o Rick é um gênio também, adoro ele, inclusive um de seus livros estava para virar cinema lá nos Estados Unidos, será que o seu pode virar também? História para isso ele tem!

JOÃO - Sei lá, é um projeto do Thomas Vannucci, quem sabe!

ALEX - Vai virar sim, você vai ver (risos). Agora uma questão polêmica João, sei que você vai responder de pronto: Temos muito preconceito nas casas espíritas quanto ao homossexual? Seja na frequência á casa; seja na aplicação de passes; seja em qualquer outro tipo de trabalho desenvolvido por ele?

JOÃO - Existe sim preconceito na Casa Espírita, mas esta obra graças á Deus está fazendo com que alguns que se dizem "perfeitos" comecem a pensar sobre isso. O centro espírita é a casa de Jesus e ali as pessoas chegam para receber o remédio, o amparo para suas dores, físicas e morais. Um homossexual pode ter mais amor no coração do que um hetero que se diz espírita, trabalhador deste ou daquele grupo, que só falta bater no peito: Sou trabalhador!!! Orgulhoso e hipócrita ao mesmo tempo, porque somente Deus pra ver como é grande o seu orgulho. E você já imaginou um hetero que tem sua amante, tem seus vícios, dando passe? Ele pode? Será que ele não está enganando a si mesmo tentando ser o que não é? Ou seja,  se passando por um  espírito perfeito e de sentimentos puros, para doar aos irmãos que lá vem?
A doação de amor não tem sexo. E o sexo quando puro é doação de amor.
   O Apóstolo Paulo diz que se estou em Cristo, ou seja, Ele no meu coração, exemplificado nos meus atos, não tem nada de impuro em mim, a impureza está nos olhos preconceituosos de quem vê.
 
No Programa Radiofônico Vivência Espírita ao vivo de Jacareí

ALEX - Com esta sua obra, estes leitores que você conquistou, esta maneira maravilhosa que o Vannucci se utilizou para escrever sobre este tema...Você pretende fazer palestras pelo Brasil á respeito? Como está sua agenda?

JOÃO - Ah! Que bom seria! (risos) Mas estou sim fazendo palestras em algumas cidades de São Paulo e Minas Gerais. E no futuro quem sabe no Brasil todo? Se for pra levar um lenitivo aos irmãos, farei com alegria, sou um simples trabalhador na Seara.

ALEX - E escrever? Você acredita que vem mais sobre o assunto por aí através de sua psicografia?

JOÃO - Sim. O Vannucci já começou a sequência desta história, onde relata em outros dramas e resgates de alguns personagens. Os personagens Flávio e o Guilherme trabalham com o Vannucci no socorro de muitos irmãos no plano espiritual.

ALEX - Certa vez você falou algo que adorei, tanto na sua expressão quanto á frase: "Não gosto de pessoas 'made in China' (risos)". João, o que fazer para não se tornar uma pessoa dessa? Como combater o preconceito ainda existente em nós, em uma visão geral, tanto quanto racial, quanto social, quanto sexual, quanto religioso...


JOÃO - Sendo nós mesmos, aceitando que temos imperfeições, assim como os nossos irmãos de caminhada. Que temos que trabalhar o auto perdão e auto amor, primeiro em nós...(auto amor), depois sim aos que estão na família, no trabalho, enfim... ao nosso semelhante. Assim estou sendo cristão e é isso que Jesus espera de nós. Made in China (risos) temos que  deixar de ser falsos. Não conseguimos enganar por muito tempo.

ALEX - Você acha que este preconceito comentado há pouco, também existe quando as casas espíritas evitam falar de sexo dentro delas? Você acredita que se elas se abrissem mais neste aspecto, de maneira natural, assim como o próprio Chico escrevia em seus livros, o Divaldo atualmente, poderia ser mais combatido a homofobia? Poderiam os jovens nas mocidades terem mais esclarecimentos? Os pais mais informações atuais? Você acredita que se fale pouco sobre isso tudo em nosso movimento?
  
Alex e João no Encontro de Espiritismo em Jacareí, junho de 2012
JOÃO - As Casas Espíritas tem sim que evoluir e acompanhar essa transição pelo qual passa a humanidade. O Cristo deixou os ensinos  para serem praticados. Os jovens e os pais, teriam mais informações sobre o assunto, afinal, a época do tabu já passou. Se continuarmos agindo assim estaremos perdendo a oportunidade de evolução. Só conseguiremos se agirmos com amor, caridade e  aceitar as diferenças feitas pelos companheiros de jornada. Tem um dvd do Raul Teixeira que me ajudou muito no preparo da palestra, chama-se "Homossexualismo e Prostituição", ele deveria ser visto por todos nós. Traz muitas informações. Derruba os preconceitos.

ALEX - O que dizer para os muitos "Flávios e Guilhermes" que estejam neste momento vendo esta entrevista?


JOÃO - Meu Deus! Que responsa...Mas acredito que o Amor puro demonstrado por eles, possa direcioná-los no caminho reto como Jesus espera que trilhemos. Podemos viver nossas experiências, desde que com respeito mútuo, carinho e sentimento verdadeiro. O Pai não condena ninguém. O amor é o sentimento que Jesus espera que todos tenhamos e exemplifiquemos. Seja autêntico você que vive uma relação como a dos personagens, seja você mesmo, perdoe aqueles que lhe atiraram pedras. E prossiga exemplificando e deixando que o seu amor flua de seu coração envolvendo a todos os que caminham contigo.
   Eu tenho grandes amigos, que viveram dramas parecidos com os dois. E tenho um carinho e respeito muito grande por eles.
   Fico emocionado só em lembrar deles e o que passaram, mas continuam praticando o exemplo de amor, não importando a opção sexual que escolheram. São irmãos em Jesus e estão sendo cristãos, mais que muita gente que se diz representante d’Ele. Desde que você não seja promiscuo e tenha um relacionamento fixo com seu parceiro. Seja feliz e que Jesus te abençoe.

ALEX - Depois de serem abençoados e ouvirem esta beleza de conselho, que leitura mais você recomendaria aqueles irmãos homossexuais que neste momento estariam buscando ajuda, informações ou esclarecimentos quanto ás suas dúvidas? Não somente eles, mas também aqueles que precisam entender ou buscam mais sobre este assunto?


Alex Guimarães e João Teodoro em SJCampos-SP 
JOÃO - O livro do Dr. Andrei Moreira, "Homossexualidade sob a Ótica do Espírito Imortal" e a obra do Wanderley Oliveira, "Quem Perdoa Liberta", onde há uma entrevista com dona Maria Modesto Cravo sobre Homossexualidade.

ALEX - E o que dizer aquele leitor que neste momento está pensando: "Eu sou homofóbico mesmo!" ou "Puxa vida! Eu tenho um parente, um filho(a) ou amigo(a) que é homossexual e não o compreedendo"!


JOÃO - Procure ler esta obra, do Doutor Andrei Moreira ou mesmo o romance do Vannucci. E busque ajuda, seja na casa espírita,que tem o dever de amparar ou principalmente, comece a auto análise: Eu sou perfeito? Vou deixar de amar um filho, ou amigo, só pela opção sexual dele? Lembre-se de que Jesus falou: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado. Ame  a pessoa que está ao seu lado e verá como ela é bela. E agradeça á Deus por
colocar no seu caminho uma pessoa que lhe ajudará no seu burilamento pessoal. Nossos caminhos não se cruzam por acaso, muitas vezes, eu pedi para recebê-lo, amá-lo, ampará-lo... Não perca esta oportunidade. Ame sem descriminação, assim você se sentirá mais feliz.

ALEX - João, gostaria de ficar aqui o entrevistando a noite inteira, pois este tema gera muitas perguntas, mas precisamos encerrar. Quero agradecer-lhe a atenção, o carinho de sempre e dizer-lhe o que eu sempre falo: você é "o cara"! Pois está aí colocando a "sua cara á tapa", teve a coragem de entrar com este assunto mesmo não sendo homossexual, mas está aí fazendo mover tudo e á todos com estas suas palestras e seu livro belíssimo que o Vannucci o trouxe na hora certa, algo bem atual e que precisa ser discutido, esclarecido...Que Jesus o abençoe sempre nessa sua missão lindíssima e pura! São suas as considerações finais meu amigo!
 
JOÃO - Meu querido irmão. Devo lembrar de que somos espíritos em evolução e podemos vir num corpo masculino ou feminino, precisamos destas experiências. E quem não sofre preconceito de alguma maneira? Não sou perfeito! Estou aqui para ser feliz e Jesus quer que sejamos felizes, todos nós, basta que iniciemos o auto amor, o auto perdão. Assim eu amarei á Deus e á Jesus.
   
   Obrigado pela oportunidade. Forte abraço, beijo na sua alma e que seja iluminado na sua missão.

ALEX - Se você leitor reside no Vale do Paraíba, mais precisamente em São José dos Campos e quer ouvir o João falar mais um pouco sobre o assunto, não deixe de visitar a nossa casa neste final de semana, veja abaixo o cartaz, um abraço á todos!