O nosso entrevistado de hoje é alguém muito especial.
Ele é muito importante para a nossa Doutrina Espírita.
Tem contribuído em muito com seus estudos e livros.
Além de grande pesquisador, é fiel á Allan Kardec.
Fez um importante estudo sobre as obras de André Luiz.
Nascido em 21 de agosto de 1934, hoje tem 78 anos.
Natural de Igarapava, é casado e possui 2 filhos.
Além de ser Militar do Exército, é Bacharel
em Administração de Empresas e Economia.
Por sua autoria publicou o célebre "Animais, Nossos Irmãos" pela editora Petit.
Além de "Sonhos - Viagens á Alma", "Deus, Espírito e Universo", "Fragmentos da História - Pela Ótica Espírita", "Raio-X do Livro Espírita", "Sexo: Sublime Tesouro", "Tóxicos: Duas Viagens", "Genética e Espiritismo", "O Ametista e o Jatobá", "Trânsito, Educação e Xadrez", "Genética - Além da Biologia", "Centro Espírita: Pronto Socorro Espiritual" e dentre outros.
E seus livros psicografados são: "Uma Partida de Amor", "Sempre há uma Esperança", "Três Arco-Íris", "Infidelidade e Perdão", "Transplante de Amor", "Os Tecelões do Destino" e "Saara, Palco de Redenção" (estes pela Editora Petit). E "Almas em Chamas", "Jogo - Mergulho no Vulcão", "Escravos de Ouro", "Tráfico - Doloroso Resgate", "O Quartel e o Templo", "O Prisma das Mil Faces", dentre outros...
Ufa! Quanta coisa o nosso entrevistado já fez! É hora de apresentá-lo!
Com grande honra entrevistei EURÍPEDES KUHL.
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Eurípedes Kuhl |
ALEX - Olá Eurípedes tudo
bem? Você é espírita desde criança?
EURÍPEDES - Sim. Nasci em lar espírita e já aos seis anos comecei a frequentar as aulas de
evangelização infantil no Centro Espírita da minha cidade - Igarapava - permanecendo como aluno até a juventude, tendo ingressado na “mocidade espírita”
aos treze anos, como um dos fundadores dela.
Apenas como
pequeno fato histórico narro para os mais jovens como era difícil “ser
espírita” na minha adolescência: cursando o então primário, durante a aula
semanal de religião — diga-se: de Catolicismo, pois ministrada por um padre — a professora me mandava sair e eu ia para o pátio do Grupo Escolar, onde ficava
sozinho, até acabar a dita aula. Isso porque, ao me matricular, minha família
declarou “espírita” à pergunta do formulário, sobre
o credo religioso. Daí fui proibido de assistir “aulas de religião” da 2ª à 4ª
série...Na 1ª série isso não aconteceu porque a cursei na Escola Eurípedes
Barsanulfo, anexa ao Centro Espírita da minha cidade natal.
ALEX - Puxa vida Eurípedes! E como surgiu a mediunidade em
sua vida?
EURÍPEDES - Em 1974 - com 40 anos - e de uma forma psicologicamente
desconfortável, pois comecei a ter sonhos recorrentes sobre desastres aéreos,
que se confirmavam em, no máximo, 48 horas. Queda de aviões não é rotina, mas
também não são raras. Acontece que eu passei a saber onde e quando. Aí, não me
restou escape: procurei frequentar reunião mediúnica, na tentativa de entender
o que isso representava.
Antes de procurar o Centro Espírita, interiormente já
sabia, ou melhor, já sentia que estava sendo "experimentado" pelo
Plano Espiritual. Sentindo isso, decidi que era inescapável administrar a
mediunidade. Então, agi com extrema prudência e muita oração. Resultado:
cessaram os sonhos sobre aviões, mas
vieram outros sobre tragédias, que
cedo ou tarde aconteciam, com detalhes idênticos aos que sonhara. Isso durou
algum tempo, até desvanecer-se, graças a Deus.
Esse foi um processo que eclodiu em pouco tempo e aliado a algumas
dificuldades vivenciais. Nada físico. Só inúmeros questionamentos, na mente.
Inicialmente psicografei mensagens doutrinárias, por 15 anos, até que vieram os
livros!
ALEX - Sendo assim, você acha que o Espiritismo abre novos caminhos para uma vida
melhor?
EURÍPEDES - Disso não há de se duvidar: a Doutrina dos Espíritos demonstra com lógica
irretorquível o porquê dos acontecimentos da vivência de todos nós, individual
ou coletivamente. Como estamos ainda num planeta de provas e expiações é
natural que o sofrimento seja uma constante, mais com uns, menos com outros,
tudo segundo a pedagogia sábia e justa da Lei de Causa e Efeito. Jesus, o
Mestre dos mestres, lecionou que “a cada um segundo suas obras”, o que o
Espiritismo consigna de forma poética: “a plantação é livre, porém a colheita é
obrigatória”. Assim, com esse entendimento, o indivíduo tem consciência de que eventuais
percalços em sua vida decorrem daquilo mesmo que ele plantou. Se não nesta,
certamente em outras existências, outras vidas. Revolta afastada, resignação
presente, com certeza o Amor do Pai, a Caridade de Jesus e o amparo dos
Espíritos bondosos darão forças e bálsamo para os que sofrem.
ALEX - E como lidar com as grandes
transformações planetárias neste mundo chamado por alguns de conturbado?
EURÍPEDES - Tendo 77 anos (entrevista concedia em maio de 2012) posso mesmo
afirmar que minha presente existência terrena se divide em quatro etapas:
- A primeira, do meu nascimento
(1934) ao fim da II Guerra Mundial (1939-1945) – vida difícil, racionamento de
energia e alimentos...
- A segunda, com as
fantásticas descobertas da Ciência, a começar da energia atômica, o DNA, a
eletrônica, a informática e tantos e incessante avanços tecnológicos;
- A terceira compreende a
influência social da juventude que a partir dos anos “60” rebelou-se com o status quo e criou uma nova maneira de
viver;
- A quarta (e atual) etapa
iniciou-se com “a queda do muro de Berlim”, do que resultou mundialmente a formação comercial, financeira e social
de blocos de países.
No entanto, se nesses setenta
anos os avanços materiais transformaram o modo de vida da maioria da
humanidade, nem por isso a desejada evolução moral acompanhou tanto progresso
físico, do que faz prova a quantidade de pessoas desempregadas: cerca de 200
milhões de pessoas, no mundo todo, a par de milhões de famílias vivendo na
miséria, em praticamente todos os continentes.
Tanto avanço e tanta disparidade
de condições de vida. Lidar com essa triste dicotomia e
a consequente turbulência no dia a dia é tarefa das mais difíceis, à primeira
vista, mas que na verdade se mostra viável àqueles que pautam seus atos segundo
as lições e exemplos do Mestre Jesus.
Fundamentalmente eu diria que a
paz é companheira de quem observa as Leis de Deus, que Kardec tão bem elencou
em o “O Livro dos Espíritos”, Parte terceira – Das Leis Morais.
ALEX - Agora falando sobre os "Animais, nossos irmãos" -
Quando eles morrem, para onde vão?
EURÍPEDES - Ainda em o “O Livro dos Espíritos”, além de várias citações em outros
livros espíritas, mormente alguns da série “A Vida no Mundo Espiritual”, do
Espírito André Luiz, com psicografia do inolvidável Chico Xavier, os animais
quando morrem permanecem no plano espiritual, sem consciência de seu estado.
ALEX - E lá na Espiritualidade: Como é a
vida deles?
EURÍPEDES - Sempre pelas mesmas fontes
da pergunta anterior é nos informado que na Espiritualidade os animais não têm
consciência do seu estado. Alguns, poucos, permanecem mais tempo lá, em missões
de ajuda a equipes de assistência a Espíritos necessitados e endurecidos.
ALEX - Se eles não têm inteligência como a
humana, quem os orienta depois da morte?
EURÍPEDES - Instrutores zoófilos, especializados, que os amparam e classificam.
Esses abnegados protetores cuidam dos animais até a próxima reencarnação que,
via de regra, não tarda.
Nada objeta crermos que no Plano
Espiritual há instituições e áreas extensas, exclusivamente destinadas a
animais. Essas instituições, mantidas e administradas por veterinários amorosos
cuidam dos animais que desencarnaram por quaisquer tipos de injúrias ou traumas
físicos.
ALEX - E por que existem alguns animais que
sofrem tanto e outros que não?
EURÍPEDES - Essa é uma questão ardente,
posto que se os animais não têm consciência de seus atos, o que os levaria a
sofrer? Transcrevo abaixo pesquisa que realizei em depoimentos dos Espíritos
Emmanuel e do próprio Allan Kardec sobre a dor nos animais.
Partindo
da premissa de que Deus é a Perfeição Suprema e o Amor Absoluto, em nenhuma
hipótese poderíamos aventar a menor possibilidade de que isso consista
injustiça ou equívoco da natureza. Outro tem que ser o enfoque.
Aqui,
entra em cena a condição esclarecedora do Espiritismo.
Vamos
nos demorar mais um pouco nas reflexões sobre a dor, de modo geral...
ALEX - Sem problemas, pode se estender á vontade Eurípedes, com você temos muito á aprender, essa entrevista está sendo uma aula para todos nós...
EURÍPEDES - Em “A Gênese”, no capítulo III, Allan Kardec filosofa com grande profundidade sobre o bem
e o mal, analisando detalhadamente sobre instinto e inteligência
e, particularmente, sobre a “destruição
dos seres vivos uns pelos outros”.
No item 21, esclarece que “a
verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal,
do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que
preexiste e sobrevive ao corpo”.
Aqui, já temos conteúdo suficiente para refletir que danos físicos que
destruam a matéria, isto é, dos quais resulte a morte, não destroem o espírito
(naturalmente, revestido do perispírito, que os animais também os têm, embora
de matéria mais rudimentar que a humana).
Prossegue Kardec, agora no item 24:
“nos seres inferiores da criação,
naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não
substituiu o instinto, a luta é pela satisfação da imperiosa necessidade — a
alimentação; lutam unicamente para viver; é nesse primeiro período que a alma
se elabora e ensaia para a vida”.
ALEX - Esclarecedor Eurípedes, prossiga...
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Eurípedes Kuhl |
EURÍPEDES - O Espírito Emmanuel nos esclarece, de forma a não deixar quaisquer dúvidas,
que a dor representa aprendizado, constante da trilha evolutiva de cada ser
vivo, rumo à evolução; essa informação é textual, cristalina e não deixa margem
a derivações filosóficas. Ei-la:
“Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão
somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se, também, angariando os
recursos preciosos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras
de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas
longas eras para instruir-se.
Espírito algum obtém elevação ou cultura por
osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola
da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão
por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio.
Dor física no animal é passaporte para
mais amplos recursos nos domínios da evolução”.
(O REFORMADOR, Junho, 1987 - FEB).
Assim,
mesmo que para muitos de nós tal seja penoso aceitar, prudente será refletir
muito sobre o tema e sobre o quanto ainda ignoramos das coisas de Deus; alenta-nos considerar, com veemência, que o
Pai jamais abandona qualquer dos Seus filhos.
Com essa certeza, fica afastada, "ab initio", que a crueldade
que vitima animais seja indiferente à Vida e ao Amor de Deus, presente no
infinitamente perfeito Plano da Criação.
E Juvanir Borges de Souza, então Presidente da FEB, em “Tempo de Renovação”, no capítulo 20, na página 164, arremata: “para
bem compreendermos o papel da dor será necessário situá-la como a grande
educadora dos seres vivos, com funções diferentes no vegetal, no
animal e no homem, mas sempre como impulsionadora do processo evolutivo,
uma das alavancas do progresso do princípio espiritual”.
Diante
dessas assertivas, refletimos:
- Animais sofrem para que registrem em sua memória espiritual, eterna, que a dor
dói, é ruim; assim, ao evoluírem, alcançando a inteligência, já trarão na
bagagem cognitiva, que a dor deve ser evitada - a própria, por autopreservação
e a do próximo, por ser esse um dos conselhos de Jesus para a evolução
espiritual;
- Nada nos impede de considerar que a dor, nos animais, completado o aprendizado,
não mais se repetirá, sendo muito provável que ao desencarnarem, seja em que condições
sejam, o sofrimento é interrompido no ato da desencarnação e sob patrocínio
caridoso dos Missionários do Amor Eterno;
- Aliás, não cremos que seja necessária mais de uma experiência dolorosa, para
fixação do aprendizado; como existem milhares de espécies e milhões de moradas
no Universo, há grande probabilidade que os animais percorram muitos desses mundos,
em corpos adequados, acumulando experiências;
- Como a restauração perispirítica é uma realidade do Plano Maior, nada nos
impede também de imaginar que os perispíritos dos animais, se danificados, ali
serão recompostos por Geneticistas Siderais, os mesmos que promovem as
modificações tendentes à escala evolutiva da espécie - vide “A Caminho da Luz”, no capítulo “A Grande Transição”.
-
Se animais forem "anestesiados" por Espíritos Protetores, na hora do
abate, para evitar a dor, ali não ocorreria fixação do aprendizado evolutivo;
contudo, nada nos objeta raciocinar que em muitos, muitos casos mesmo, isso
ocorra, porém em outras circunstâncias; por exemplo: quando a crueldade humana
esteja presente, infligindo sofrimento a animais cujo programa reencarnatório
não o previa.
- Aos Espíritos que amam os
animais, a eles provavelmente é delegada a função de orientar as espécies
animais quando no plano espiritual e de os proteger, quando no material; neste,
fazem-no com abnegação e amor, criando "habitats" e mantendo os
ecossistemas; assistindo-os nos
momentos difíceis pelos quais passam;
consideremos, por exemplo, que quando um predador de grande potencial
ofensivo (nunca se esquecer de que foram os Promotores da Vida que disso o
equiparam...) ataca uma indefesa presa (também de organismo engendrado pelos
Guardiões da Vida Eterna), Deus está presente num e noutro animal; pela Lei do Progresso, certamente, no avançar
do tempo, os papéis talvez sejam invertidos, após o que, ambos já terão em sua
memória espiritual tal lembrança (automatismo biológico-espiritual); atingindo a razão/inteligência, só cometerão
violência por autodecisão, a bordo do livre-arbítrio; e, a partir do livre-arbítrio, a evolução
passa a ser balizada pela Lei de Causa e Efeito - Ação e Reação.
Por oportuno, vejamos alguns
trechos das sempre elucidativas instruções de Allan Kardec, Espírito, clareando
o assunto, através mensagem contida em
“O Diário dos Invisíveis”, nas páginas de 73 á 75 da 1ª edição, de 1927, psicografada
por Zilda Gama:
“Bem sabeis que a dor, física e moral, é a lixívia que alveja a alma
enodoada do ser consciente e responsável por seus atos; é a lâmpada que a
inunda de luz, tornando-a eternamente radiosa...Se só o homem fosse suscetível à dor e às enfermidades e os irracionais
tivessem os organismos imunes ao sofrimento, insensíveis como o aço,
romper-se-ia o elo que os vincula pela matéria, que é semelhante em todos os
animais...Os animais, quer os de constituição semelhante à do homem, quem os de
organismos imperfeitos, não padecem, como os racionais, unicamente para
progredir espiritualmente, pois são inconscientes e irresponsáveis, mas Deus,
que tudo prevê, não os fez insensíveis à própria defesa e conservação, como
meio de serem domesticados, tornando-os úteis às coletividades.
Um cavalo que fosse indiferente à dor seria capaz de precipitar-se, com
o cavaleiro, ao primeiro abismo que se lhe deparasse, tentando livrar-se da
sela e da carga importuna que lhe tolhem os movimentos, privando-o de viver às
soltas pela vastidão dos prados ou à sombra das florestas. Por que recuam,
temerosos, ante a ameaça de um calhau ou de uma farpa, um cão ou um touro
enfurecido? Com receio do sofrimento que teriam se fossem por eles atingidos...Os irracionais necessitam da dor, para que possam, em estado de
liberdade, defender a própria vida, temer as sevícias, sofrear os impulsos
ferozes, procurar repouso e alimento, tornar-se menos perigoso ao homem, manter
o instinto de conservação, que não teriam, se os seus corpos fossem desprovidos
de sensibilidade. O homem progride mais pelos padecimentos morais que pelos
físicos; nos irracionais predominam estes sobre aqueles...A dor é útil aos animais para que os fracos e pequenos se defendam dos
fortes e cruéis, procurando esconderijos inacessíveis a seus adversários nas
furnas ou nas mais altas frondes”.
ALEX - Bravo! Bravíssimo! Falei que esta sua entrevista está sendo uma aula? Sou seu fã Eurípedes! Falo isso de coração, você sabe da admiração que tenho por seus estudos, livros e pesquisas, principalmente pelas sinopses das obras de André Luiz, que falaremos á seguir, mas ainda quero lhe perguntar mais duas coisas sobre os animais: Existem animais médiuns? Que tem mais sensibilidade que outros?
EURÍPEDES - Sou dos que acreditam,
definitivamente, que não há mediunidade em animais. Não obstante, também creio
que muitos deles têm percepções espirituais claras, o que leva algumas pessoas
a confundi-las com mediunidade. Sem sofismar, encerrando essa dúvida, pergunto
se há possibilidade de algum animal repassar uma mensagem, executar um quadro
em tela, noticiar sobre outros animais com os quais tenha convivido e que já
morreram também...
ALEX - (Risos) ... E Chico Xavier quando via seu irmão José desencarnado, ele
aparecia com seu cão de estimação - também desencarnado - ao
seu lado. Isso é normal?
EURÍPEDES - Quanto à vidência do Chico
eu diria que sim, isso era normal. Quanto ao fato do animal acompanhar o dono,
na Espiritualidade, também considero plenamente viável.
ALEX - Falando em Chico Xavier, você fez
um precioso estudo sobre as suas 13 obras ditadas por André Luiz, que inclusive
transformou-se em um curso, o "A Vida no Mundo Espiritual", onde
na qual já lhe disse que tenho a apostila e adoro este seu método empregado
nele. Eu aconselharia todas as casas espíritas do mundo á ler suas sinopses colocadas nesta apostila e estudá-las com mais afinco. Qual a importância de se estudar André Luiz?
EURÍPEDES - Ah, as obras de André Luiz,
o grande repórter da Espiritualidade!
Quanta sabedoria, quantas lições,
quanta consolação, quantos esclarecimentos!
Tenho enorme admiração pela obra
de André Luiz e sou dos que a consideram matéria moral adequada para toda a
Humanidade. Tenho esperança de que ainda neste milênio será matéria ministrada
em todos os níveis escolares, no mundo todo, tamanha e tanta é a profundidade
dos ensinamentos que contem.
ALEX - Você é muito modesto Eurípedes (risos) E o próprio Chico, você o viu pessoalmente nem que tenha sido por apenas uma vez?
EURÍPEDES - Estivemos com o Chico, eu e
minha esposa e amigos, todos de São Paulo, lá em Uberaba, uma tarde toda e até
de madrugada. Participamos da caminhada da fraternidade - distribuição de
gêneros e envelopes com dinheiro para famílias muito pobres - e depois da
reunião mediúnica no Centro Espírita. Chico chamou-me pelo nome e depois, de “doutor”.
Até hoje não sei por quê...
ALEX - ...Um dia vai saber (risos). E o "Gigante Deitado",
Jerônimo Mendonça? Você o conheceu pessoalmente também?
EURÍPEDES - Sim, conheci-o pessoalmente:
visitei-o lá na cidade de Ituiutaba, onde ele nasceu em Minas Gerais. Tive a oportunidade de
manter longo diálogo com ele, captando tratar-se de um Espírito resignado com o
atroz sofrimento que o vitimou nesta existência terrena: artrite reumatoide.
A vida desse missionário,
derreada de dores e patologia incapacitante é um exemplo para todos os que
também passam por doenças graves: sendo estudioso do Espiritismo, Jerônimo foi
um verdadeiro apóstolo de esperanças para os que assim como ele sofrem.
ALEX - Eurípedes, quero lhe agradecer
imensamente pela atenção e carinho para conosco. Que Jesus lhe abençoe cada vez
mais. E que Josué, Roboels e tantos outros espíritos continuem á lhe inspirar
sempre. Obrigado meu irmão!
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Eurípedes Kuhl |
EURÍPEDES - Em primeiro lugar - e só
agora...na última pergunta - agradeço-lhe de coração, amigo e irmão em
Jesus, caro Alex, a honra que me concede por esta entrevista.
Encerrando, penso em Deus e em
Jesus:
A
Terra é uma embarcação-escola há muito a navegar, no Mar da Evolução. No seu
tombadilho — o Espiritismo — , está o Brasil-moral,
obediente ao Mestre, convidando e acolhendo quantos queiram ser
navegantes. Com Jesus no comando e timão
desse grande barco que é o mundo, nos seus dois compartimentos — o material e o
espiritual —, conjeturamos, com grande possibilidade de acerto, que o Brasil-físico,
com o farol espírita aceso, será o porto seguro onde atracará a embarcação
"Humanidade", levando imigrantes de boa vontade e ora rumando para um
destino mais feliz, o da regeneração.
Deus nos criou, a todos os seres vivos, para a felicidade!