18 de outubro de 2012

108 - ALEX entrevista EURÍPEDES KUHL

O nosso entrevistado de hoje é alguém muito especial.
Ele é muito importante para a nossa Doutrina Espírita.
Tem contribuído em muito com seus estudos e livros.
Além de grande pesquisador, é fiel á Allan Kardec.
Fez um importante estudo sobre as obras de André Luiz.
Nascido em 21 de agosto de 1934, hoje tem 78 anos.
Natural de Igarapava, é casado e possui 2 filhos.
Além de ser Militar do Exército, é Bacharel
em Administração de Empresas e Economia.

Por sua autoria publicou o célebre "Animais, Nossos Irmãos" pela editora Petit.
Além de "Sonhos - Viagens á Alma", "Deus, Espírito e Universo", "Fragmentos da História - Pela Ótica Espírita", "Raio-X do Livro Espírita", "Sexo: Sublime Tesouro", "Tóxicos: Duas Viagens", "Genética e Espiritismo", "O Ametista e o Jatobá", "Trânsito, Educação e Xadrez", "Genética - Além da Biologia", "Centro Espírita: Pronto Socorro Espiritual" e dentre outros.

E seus livros psicografados são: "Uma Partida de Amor", "Sempre há uma Esperança", "Três Arco-Íris", "Infidelidade e Perdão", "Transplante de Amor", "Os Tecelões do Destino" e "Saara, Palco de Redenção" (estes pela Editora Petit). E "Almas em Chamas", "Jogo - Mergulho no Vulcão", "Escravos de Ouro", "Tráfico - Doloroso Resgate", "O Quartel e o Templo", "O Prisma das Mil Faces", dentre outros...

Ufa! Quanta coisa o nosso entrevistado já fez! É hora de apresentá-lo!
Com grande honra entrevistei EURÍPEDES KUHL

Eurípedes Kuhl
ALEX - Olá Eurípedes tudo bem? Você é espírita desde criança?

EURÍPEDES - Sim. Nasci em lar espírita e já aos seis anos comecei a frequentar as aulas de evangelização infantil no Centro Espírita da minha cidade - Igarapava - permanecendo como aluno até a juventude, tendo ingressado na “mocidade espírita” aos treze anos, como um dos fundadores dela.
   Apenas como pequeno fato histórico narro para os mais jovens como era difícil “ser espírita” na minha adolescência: cursando o então primário, durante a aula semanal de religião — diga-se: de Catolicismo, pois ministrada por um padre — a professora me mandava sair e eu ia para o pátio do Grupo Escolar, onde ficava sozinho, até acabar a dita aula. Isso porque, ao me matricular, minha família declarou “espírita” à pergunta do formulário, sobre o credo religioso. Daí fui proibido de assistir “aulas de religião” da 2ª à 4ª série...Na 1ª série isso não aconteceu porque a cursei na Escola Eurípedes Barsanulfo, anexa ao Centro Espírita da minha cidade natal.

ALEX - Puxa vida Eurípedes! E como surgiu a mediunidade em sua vida?

EURÍPEDES - Em 1974 - com 40 anos - e de uma forma psicologicamente desconfortável, pois comecei a ter sonhos recorrentes sobre desastres aéreos, que se confirmavam em, no máximo, 48 horas. Queda de aviões não é rotina, mas também não são raras. Acontece que eu passei a saber onde e quando. Aí, não me restou escape: procurei frequentar reunião mediúnica, na tentativa de entender o que isso representava.
   Antes de procurar o Centro Espírita, interiormente já sabia, ou melhor, já sentia que estava sendo "experimentado" pelo Plano Espiritual. Sentindo isso, decidi que era inescapável administrar a mediunidade. Então, agi com extrema prudência e muita oração. Resultado: cessaram os sonhos sobre aviões, mas vieram outros sobre tragédias, que cedo ou tarde aconteciam, com detalhes idênticos aos que sonhara. Isso durou algum tempo, até desvanecer-se, graças a Deus.
   Esse foi um processo que eclodiu em pouco tempo e aliado a algumas dificuldades vivenciais. Nada físico. Só inúmeros questionamentos, na mente. Inicialmente psicografei mensagens doutrinárias, por 15 anos, até que vieram os livros!

ALEX - Sendo assim, você acha que o Espiritismo abre novos caminhos para uma vida melhor?

EURÍPEDES - Disso não há de se duvidar: a Doutrina dos Espíritos demonstra com lógica irretorquível o porquê dos acontecimentos da vivência de todos nós, individual ou coletivamente. Como estamos ainda num planeta de provas e expiações é natural que o sofrimento seja uma constante, mais com uns, menos com outros, tudo segundo a pedagogia sábia e justa da Lei de Causa e Efeito. Jesus, o Mestre dos mestres, lecionou que “a cada um segundo suas obras”, o que o Espiritismo consigna de forma poética: “a plantação é livre, porém a colheita é obrigatória”. Assim, com esse entendimento, o indivíduo tem consciência de que eventuais percalços em sua vida decorrem daquilo mesmo que ele plantou. Se não nesta, certamente em outras existências, outras vidas. Revolta afastada, resignação presente, com certeza o Amor do Pai, a Caridade de Jesus e o amparo dos Espíritos bondosos darão forças e bálsamo para os que sofrem.

ALEX - E como lidar com as grandes transformações planetárias neste mundo chamado por alguns de conturbado?

EURÍPEDES Tendo 77 anos (entrevista concedia em maio de 2012) posso mesmo afirmar que minha presente existência terrena se divide em quatro etapas:
- A primeira, do meu nascimento (1934) ao fim da II Guerra Mundial (1939-1945) – vida difícil, racionamento de energia e alimentos...
- A segunda, com as fantásticas descobertas da Ciência, a começar da energia atômica, o DNA, a eletrônica, a informática e tantos e incessante avanços tecnológicos;
- A terceira compreende a influência social da juventude que a partir dos anos “60” rebelou-se com o status quo e criou uma nova maneira de viver;
- A quarta (e atual) etapa iniciou-se com “a queda do muro de Berlim”, do que resultou mundialmente a formação comercial, financeira e social de blocos de países.
   No entanto, se nesses setenta anos os avanços materiais transformaram o modo de vida da maioria da humanidade, nem por isso a desejada evolução moral acompanhou tanto progresso físico, do que faz prova a quantidade de pessoas desempregadas: cerca de 200 milhões de pessoas, no mundo todo, a par de milhões de famílias vivendo na miséria, em praticamente todos os continentes.
   Tanto avanço e tanta disparidade de condições de vida. Lidar com essa triste dicotomia e a consequente turbulência no dia a dia é tarefa das mais difíceis, à primeira vista, mas que na verdade se mostra viável àqueles que pautam seus atos segundo as lições e exemplos do Mestre Jesus.
Fundamentalmente eu diria que a paz é companheira de quem observa as Leis de Deus, que Kardec tão bem elencou em o “O Livro dos Espíritos”, Parte terceira – Das Leis Morais.

ALEX - Agora falando sobre os "Animais, nossos irmãos" - Quando eles morrem, para onde vão?

EURÍPEDES - Ainda em o “O Livro dos Espíritos”, além de várias citações em outros livros espíritas, mormente alguns da série “A Vida no Mundo Espiritual”, do Espírito André Luiz, com psicografia do inolvidável Chico Xavier, os animais quando morrem permanecem no plano espiritual, sem consciência de seu estado.

ALEX - E lá na Espiritualidade: Como é a vida deles?

EURÍPEDES - Sempre pelas mesmas fontes da pergunta anterior é nos informado que na Espiritualidade os animais não têm consciência do seu estado. Alguns, poucos, permanecem mais tempo lá, em missões de ajuda a equipes de assistência a Espíritos necessitados e endurecidos.

ALEX - Se eles não têm inteligência como a humana, quem os orienta depois da morte?

EURÍPEDES Instrutores zoófilos, especializados, que os amparam e classificam. Esses abnegados protetores cuidam dos animais até a próxima reencarnação que, via de regra, não tarda.
   Nada objeta crermos que no Plano Espiritual há instituições e áreas extensas, exclusivamente destinadas a animais. Essas instituições, mantidas e administradas por veterinários amorosos cuidam dos animais que desencarnaram por quaisquer tipos de injúrias ou traumas físicos.

ALEX - E por que existem alguns animais que sofrem tanto e outros que não?

EURÍPEDES - Essa é uma questão ardente, posto que se os animais não têm consciência de seus atos, o que os levaria a sofrer? Transcrevo abaixo pesquisa que realizei em depoimentos dos Espíritos Emmanuel e do próprio Allan Kardec sobre a dor nos animais.
Partindo da premissa de que Deus é a Perfeição Suprema e o Amor Absoluto, em nenhuma hipótese poderíamos aventar a menor possibilidade de que isso consista injustiça ou equívoco da natureza. Outro tem que ser o enfoque.
Aqui, entra em cena a condição esclarecedora do Espiritismo.
Vamos nos demorar mais um pouco nas reflexões sobre a dor, de modo geral...

ALEX - Sem problemas, pode se estender á vontade Eurípedes, com você temos muito á aprender, essa entrevista está sendo uma aula para todos nós...

EURÍPEDES - Em “A Gênese”, no capítulo III, Allan Kardec filosofa com grande profundidade sobre o bem e o mal, analisando detalhadamente sobre instinto e inteligência e, particularmente, sobre a “destruição dos seres vivos uns pelos outros”.  No item 21, esclarece que “a verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo”.  Aqui, já temos conteúdo suficiente para refletir que danos físicos que destruam a matéria, isto é, dos quais resulte a morte, não destroem o espírito (naturalmente, revestido do perispírito, que os animais também os têm, embora de matéria mais rudimentar que a humana).
   Prossegue Kardec, agora no item 24: “nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta é pela satisfação da imperiosa necessidade — a alimentação; lutam unicamente para viver; é nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida”.

ALEX - Esclarecedor Eurípedes, prossiga...

Eurípedes Kuhl
EURÍPEDES - O Espírito Emmanuel nos es­clarece, de forma a não deixar quaisquer dúvidas, que a dor representa aprendizado, constante da trilha evolutiva de cada ser vivo, rumo à evolução; essa informação é textual, cristalina e não deixa margem a derivações filosóficas.  Ei-la:

“Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se, também, angariando os recursos preciosos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
   O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução”.
(O REFORMADOR, Junho, 1987 - FEB).

   Assim, mesmo que para muitos de nós tal seja penoso aceitar, prudente será refletir muito sobre o tema e sobre o quanto ainda ignoramos das coisas de Deus;  alenta-nos considerar, com veemência, que o Pai jamais abandona qualquer dos Seus filhos.  Com essa certeza, fica afastada, "ab initio", que a crueldade que vitima animais seja indiferente à Vida e ao Amor de Deus, presente no infinitamente perfeito Plano da Criação.
   E Juvanir Borges de Souza, então Presidente da FEB, em “Tempo de Renovação”, no capítulo 20, na página 164, arremata: “para bem compreendermos o papel da dor será necessário situá-la como a grande educadora dos seres vivos, com funções diferentes no vegetal, no animal e no homem, mas sempre como impulsionadora do processo evolutivo, uma das alavancas do progresso do princípio espiritual”.

Diante dessas assertivas, refletimos:

- Animais sofrem para que registrem em sua memória espiritu­al, eterna, que a dor dói, é ruim; assim, ao evoluírem, alcançan­do a inteligência, já trarão na bagagem cognitiva, que a dor deve ser evitada - a própria, por autopreservação e a do próximo, por ser esse um dos conselhos de Jesus para a evolução espiritual;

- Nada nos impede de considerar que a dor, nos animais, completado o a­prendizado, não mais se repetirá, sendo muito provável que ao de­sencarnarem, seja em que condições sejam, o sofrimento é interrom­pido no ato da desencarnação e sob patrocínio caridoso dos Missionários do Amor Eterno;

- Aliás, não cremos que seja necessária mais de uma experiência dolorosa, para fixação do aprendizado; como existem milhares de espécies e milhões de moradas no Universo, há grande probabilidade que os animais percorram muitos desses mun­dos, em corpos adequados, acumulando experiências;
- Como a restauração perispirítica é uma realidade do Plano Maior, nada nos impede também de imaginar que os perispíritos dos animais, se danificados, ali serão recompostos por Geneticistas Siderais, os mesmos que pro­movem as modificações tendentes à escala evolutiva da espécie - vide “A Caminho da Luz”, no capítulo “A Grande Transição”.

- Se animais forem "anestesiados" por Espíritos Protetores, na hora do abate, para evitar a dor, ali não ocorreria fixação do aprendizado evolutivo; contudo, nada nos objeta raciocinar que em muitos, muitos casos mesmo, isso ocorra, porém em outras circunstâncias; por exemplo: quando a crueldade humana esteja presente, infligindo sofrimento a animais cujo programa reencarnatório não o previa.

- Aos Espíritos que amam os animais, a eles provavelmente é delegada a função de orientar as espécies animais quando no plano espiritual e de os proteger, quando no material; neste, fazem-no com abnegação e amor, criando "habi­tats" e mantendo os ecossistemas;   assistindo-os nos momentos difíceis pelos quais passam;  consideremos, por exemplo, que quan­do um predador de grande potencial ofensivo (nunca se esquecer de que foram os Promotores da Vida que disso o equiparam...) ataca uma indefesa presa (também de organismo engendrado pelos Guardiões da Vida Eterna), Deus está presente num e noutro animal;  pela Lei do Progresso, certamente, no avançar do tempo, os papéis talvez sejam invertidos, após o que, ambos já te­rão em sua memória espiritual tal lembrança (automatismo biológico-espiritual); atingindo a razão/inteligência, só cometerão violência por autodecisão, a bordo do livre-arbítrio;  e, a partir do livre-arbítrio, a evolu­ção passa a ser balizada pela Lei de Causa e Efeito - Ação e Rea­ção.

   Por oportuno, vejamos alguns trechos das sempre elucidativas instruções de Allan Kardec, Espírito, clareando o assunto, através mensagem contida em “O Diário dos Invisíveis”, nas páginas de 73 á 75 da 1ª edição, de 1927, psicografada por Zilda Gama:
 
   “Bem sabeis que a dor, física e moral, é a lixívia que alveja a alma enodoada do ser consciente e responsável por seus atos; é a lâmpada que a inunda de luz, tornando-a eternamente radiosa...Se só o homem fosse suscetível à dor e às enfermidades e os irracionais tivessem os organismos imunes ao sofrimento, insensíveis como o aço, romper-se-ia o elo que os vincula pela matéria, que é semelhante em todos os animais...Os animais, quer os de constituição semelhante à do homem, quem os de organismos imperfeitos, não padecem, como os racionais, unicamente para progredir espiritualmente, pois são inconscientes e irresponsáveis, mas Deus, que tudo prevê, não os fez insensíveis à própria defesa e conservação, como meio de serem domesticados, tornando-os úteis às coletividades.
   Um cavalo que fosse indiferente à dor seria capaz de precipitar-se, com o cavaleiro, ao primeiro abismo que se lhe deparasse, tentando livrar-se da sela e da carga importuna que lhe tolhem os movimentos, privando-o de viver às soltas pela vastidão dos prados ou à sombra das florestas. Por que recuam, temerosos, ante a ameaça de um calhau ou de uma farpa, um cão ou um touro enfurecido? Com receio do sofrimento que teriam se fossem por eles atingidos...Os irracionais necessitam da dor, para que possam, em estado de liberdade, defender a própria vida, temer as sevícias, sofrear os impulsos ferozes, procurar repouso e alimento, tornar-se menos perigoso ao homem, manter o instinto de conservação, que não teriam, se os seus corpos fossem desprovidos de sensibilidade. O homem progride mais pelos padecimentos morais que pelos físicos; nos irracionais predominam estes sobre aqueles...A dor é útil aos animais para que os fracos e pequenos se defendam dos fortes e cruéis, procurando esconderijos inacessíveis a seus adversários nas furnas ou nas mais altas frondes”.

ALEX - Bravo! Bravíssimo! Falei que esta sua entrevista está sendo uma aula? Sou seu fã Eurípedes! Falo isso de coração, você sabe da admiração que tenho por seus estudos, livros e pesquisas, principalmente pelas sinopses das obras de André Luiz, que falaremos á seguir, mas ainda quero lhe perguntar mais duas coisas sobre os animais: Existem animais médiuns? Que tem mais sensibilidade que outros?

EURÍPEDES - Sou dos que acreditam, definitivamente, que não há mediunidade em animais. Não obstante, também creio que muitos deles têm percepções espirituais claras, o que leva algumas pessoas a confundi-las com mediunidade. Sem sofismar, encerrando essa dúvida, pergunto se há possibilidade de algum animal repassar uma mensagem, executar um quadro em tela, noticiar sobre outros animais com os quais tenha convivido e que já morreram também...

ALEX - (Risos) ... E Chico Xavier quando via seu irmão José desencarnado, ele aparecia com seu cão de estimação - também desencarnado - ao seu lado. Isso é normal?

EURÍPEDES - Quanto à vidência do Chico eu diria que sim, isso era normal. Quanto ao fato do animal acompanhar o dono, na Espiritualidade, também considero plenamente viável.

ALEX - Falando em Chico Xavier, você fez um precioso estudo sobre as suas 13 obras ditadas por André Luiz, que inclusive transformou-se em um curso, o "A Vida no Mundo Espiritual", onde na qual já lhe disse que tenho a apostila e adoro este seu método empregado nele. Eu aconselharia todas as casas espíritas do mundo á ler suas sinopses colocadas nesta apostila e estudá-las com mais afinco. Qual a importância de se estudar André Luiz?

 
EURÍPEDES - Ah, as obras de André Luiz, o grande repórter da Espiritualidade!
Quanta sabedoria, quantas lições, quanta consolação, quantos esclarecimentos!
Tenho enorme admiração pela obra de André Luiz e sou dos que a consideram matéria moral adequada para toda a Humanidade. Tenho esperança de que ainda neste milênio será matéria ministrada em todos os níveis escolares, no mundo todo, tamanha e tanta é a profundidade dos ensinamentos que contem.

ALEX - Você é muito modesto Eurípedes (risos) E o próprio Chico, você o viu pessoalmente nem que tenha sido por apenas uma vez?

EURÍPEDES - Estivemos com o Chico, eu e minha esposa e amigos, todos de São Paulo, lá em Uberaba, uma tarde toda e até de madrugada. Participamos da caminhada da fraternidade - distribuição de gêneros e envelopes com dinheiro para famílias muito pobres - e depois da reunião mediúnica no Centro Espírita. Chico chamou-me pelo nome e depois, de “doutor”. Até hoje não sei por quê...

ALEX - ...Um dia vai saber (risos). E o "Gigante Deitado", Jerônimo Mendonça? Você o conheceu pessoalmente também?

EURÍPEDES - Sim, conheci-o pessoalmente: visitei-o lá na cidade de Ituiutaba, onde ele nasceu em Minas Gerais. Tive a oportunidade de manter longo diálogo com ele, captando tratar-se de um Espírito resignado com o atroz sofrimento que o vitimou nesta existência terrena: artrite reumatoide.
   A vida desse missionário, derreada de dores e patologia incapacitante é um exemplo para todos os que também passam por doenças graves: sendo estudioso do Espiritismo, Jerônimo foi um verdadeiro apóstolo de esperanças para os que assim como ele sofrem.

ALEX - Eurípedes, quero lhe agradecer imensamente pela atenção e carinho para conosco. Que Jesus lhe abençoe cada vez mais. E que Josué, Roboels e tantos outros espíritos continuem á lhe inspirar sempre. Obrigado meu irmão!

Eurípedes Kuhl
EURÍPEDES - Em primeiro lugar - e só agora...na última pergunta - agradeço-lhe de coração, amigo e irmão em Jesus, caro Alex, a honra que me concede por esta entrevista.
   Encerrando, penso em Deus e em Jesus:
            A Terra é uma embarcação-escola há muito a navegar, no Mar da Evolução. No seu tombadilho  — o Espiritismo — , está o Brasil-moral, obediente ao Mestre, convidando e acolhendo quantos queiram ser navegantes.  Com Jesus no comando e timão desse grande barco que é o mundo, nos seus dois compartimentos — o material e o espiritual —, conjeturamos, com grande possibilidade de acerto, que o Brasil-físico, com o farol espírita aceso, será o porto seguro onde atracará a embarcação "Humanidade", levando imigrantes de boa vontade e ora rumando para um destino mais feliz, o da regeneração.
   Deus nos criou, a todos os seres vivos, para a felicidade!







1 de outubro de 2012

107 - ALEX entrevista DR. ALESSANDRO de PAULA


Ele é Juiz de Direito de Itapetininga-SP.
Tem uma coluna na revista virtual "O Consolador".
Nosso entrevistado destaca-se por sua excelente oratória.
É espírita desde os 13 ou 14 anos por influência de sua família.
Filho de Ivan Vieira de Paula e sobrinho de José Antonio (de Cambé-PR).
Por seus pais e avós sempre hospedarem os oradores visitantes de sua cidade,
nosso entrevistado privou-se da intimidade com Raul Teixeira, Divaldo, Jerônimo Mendonça...
É um grande estudioso da Doutrina e está prestes á publicar seu primeiro livro.
Eis o DR. ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA.

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Em 25 de agosto de 2012 á convite de Ivan Vieira de Paula, estive realizando uma palestra em Itapetininga-SP. Aproveitando que estava em sua casa e contando com a presença de seu filho Alessandro, o entrevistei. Já nos conhecíamos de suas visitas á São José dos Campos e Jacareí. A próxima entrevista de nosso blog será com seu pai Ivan, que também aproveitando a ocasião, acabei por realizá-la.

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Dr. Alessandro V. Vieira de Paula 
ALEX – Como o Espiritismo entrou em sua vida?

ALESSANDRO - Bem...foi a partir da conversão da minha família ao Espiritismo. Quando meu pai tornou-se espírita por influência do irmão José Antonio, eu tinha na época em torno de 13 e 14 anos. Então, a partir do momento em que meu pai tornou-se espírita, cativou em mim também este desejo, esta vontade de conhecer o Espiritismo na juventude e por ser jovem nós tínhamos muitas perguntas, muitas dúvidas á respeito da vida, á respeito de alguns fenômenos que ocorriam em nosso dia a dia, e fomos então encontrando todas essas respostas na doutrina espírita. Desde os meus 13 e 14 anos aproximadamente eu passei á freqüentar a mocidade espírita do Centro Espírita Allan Kardec aqui de Itapetininga, a partir dali começou o nosso estudo á respeito da doutrina e na verdade na medida em que estudávamos a doutrina, percebíamos que era um conceito que já acreditávamos. Então, tenho plena convicção que já trazia muito conhecimento do mundo espiritual, que nada pra mim foi novo, foi um complemento, um despertar de conceitos que já haviam dentro de mim. Foi muito interessante neste sentido e desde a minha mocidade eu já fui muito dedicado ao estudo, á leitura, o que não é muito comum entre alguns jovens. Resumindo, a doutrina entrou em minha vida por influência familiar na minha mocidade e desde lá já são aí aproximadamente 26 anos de doutrina espírita, estudo e comprometimento ininterrupto. E registro a minha gratidão á doutrina, pois se não fosse ela em minha vida certamente estaríamos caminhando aqui na Terra com muito mais perturbação e conflito. A Doutrina Espírita é este farol que nos norteia e desde a minha mocidade eu tenho este farol para tornar a minha vida mais agradável e sobre tudo com uma meta existencial que é o nosso progresso.

ALEX -  Eu sei que você é um espírita exemplar, assim como seu pai e o seu tio lá de Cambé que também o conheço. E fico aqui agora á imaginar como deve ser também um juiz de direito. Como você concilia isso: ser juiz e espírita ao mesmo tempo?

ALESSANDRO – Na verdade nós somos primeiramente espíritas de formação e magistrado por profissão. Então, foi algo interessante porque a minha área inicial foi processamento de dados, fiz até faculdade (risos). E eu não tinha nenhum contato com Direito, embora meu avô e meu tio eram formados, mas não exerciam propriamente a profissão. Eu tenho muito vínculo espiritual com Itapetininga e estudando fora eu sentia muito saudade da cidade. Então, eu passei por influência de um amigo num concurso do fórum de escrevente, a partir dali mudou toda a minha vida. Esse amigo meu foi um braço da Espiritualidade para me convocar para a área correta, onde havia o meu compromisso de planejamento reencarnatório. Eu passei no concurso do fórum já com 18 anos, como escrevente comecei a cursar Direito em uma faculdade aqui local me formei. A minha idéia inicial era passar em algum concurso melhor, mas depois ao longo do tempo foi-se definindo a magistratura e hoje até por revelação do nosso companheiro Raul Teixeira, eu soube que na reencarnação anterior eu já fui um magistrado e já trouxe essa tendência, essa inclinação. E hoje estamos aqui para corrigir o que fizemos de errado naquela oportunidade. Hoje eu consigo conciliar bem, não tenho problemas. As pessoas costumam perguntar: Como é que você consegue julgar sendo espírita? Eu falo que julgo fatos, não julgo a pessoa! Pra mim não importa se é o João, se é o Pedro, ou a Maria...Nós julgamos o fato em si e aplicamos a lei. E hoje mais particularmente em minha área cuido de presídios, de benefícios de presos e eu não encontro nenhuma dificuldade. Não é porque o juiz é espírita que vai soltar todo mundo (risos), vai colocar todo mundo na rua, porque na verdade precisamos prestar contas ás leis humanas e as leis de Deus. Nós aplicamos as leis humanas, mas temos que ter essa visão amorosa, essa visão mais sensível da vida do semelhante. Quando dou um benefício para um preso nós vibramos para que ele aproveite aquela oportunidade que ele teve por merecer. À luz da doutrina espírita, mais cedo ou mais tarde todos são recuperáveis, principalmente á luz da reencarnação. Então é isso, eu concilio numa boa porque eu repito e falo: Eu não julgo a pessoa, mas o fato em si!

Raul Teixeira
ALEX – Você falou sobre o Raul Teixeira e sabemos da sua admiração e amizade para com ele, sendo assim lhe pergunto: Quem é o Raul Teixeira? O que ele representa pra você em sua vida?

ALESSANDRO – Posso dizer que ele é um anjo da guarda encarnado! Nós temos os espíritos que nos ajudam do outro lado da vida e temos espíritos encarnados que nos ajudam aqui. Pra mim ele é um benfeitor encarnado muito querido, que desde a minha mocidade acompanho suas palestras e livros, ele tinha um vínculo muito grande com a nossa região pelo Ivan de Albuquerque que é um dos espíritos que se manifesta e se comunica por ele, tem livros para a juventude, a família do Ivan de Albuquerque é aqui da cidade. Então desde a minha mocidade eu lembro do Raul que vinha aqui periodicamente fazer palestras em nossa região e que ficava em nossa casa pelo vínculo que ele tem com o meu pai. Dali foi nascendo uma amizade, um carinho muito grande e na oratória do Raul eu gosto muito da pedagogia que ele usa nas palestras, gosto muito também da metodologia que o Benfeitor dele Camilo usa nas obras. Então, eu fui me identificando com a leitura. Em algumas oportunidades fui o responsável por levar o Raul em nossa região, sendo assim, fui o conhecendo melhor através de conversas, da intimidade dele e isso foi aumentando cada vez mais o carinho por ele. Ele é um benfeitor que periodicamente nos orienta quando possível, agora mais difícil devido ao seu problema de saúde, mas nos orienta e sentimos ás vezes durante o sono a presença dele nos visitando, aconselhando e ajudando no campo espiritual, é esse o carinho deste orador que tem mais de 40 anos de oratória, quase 40 livros psicografados, tem um serviço muito grande prestado á doutrina espírita e ao Bem. E juntamente com outros confrades em Niterói ele tem o Remanso Fraterno que cuida de crianças. Ele é este benfeitor e modelo porque ele é um desses que prega toda a pureza da doutrina, pureza no sentido de viver a doutrina. Eu gosto do discurso dele em que ele diz que precisamos nos empenhar cada vez mais para viver aqui na Terra afinados com a Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus.

ALEX – Você falou sobre os livros do Raul Teixeira, você acha que hoje os espíritas deveriam ler mais Raul, mais Divaldo, mais Chico...?

ALESSANDRO – Com certeza, isto é estatístico: o público brasileiro é o povo que menos lê no mundo! O público espírita tem por sua vez este tipo também de dificuldade de leitura, e quando a faz se utiliza de leituras superficiais. Infelizmente hoje nós temos uma enxurrada de livros mediúnicos de má qualidade. Há os de boa qualidade, mas há muitos de má qualidade. Muitos querem ficar naquele “romance água com açúcar” que não tem nenhum ensinamento doutrinário. Então, caberia sim ao movimento espírita buscar as obras de Raul Teixeira como você citou, Divaldo Pereira Franco, Francisco Cândido Xavier...somando esses três autores nós temos aí aproximadamente 700 livros: Chico aproximadamente 420, Divaldo 220 e Raul quase 40. E temos também outros autores renomados do passado como Cairbar Schutel, Herculano Pires, temos os clássicos da Doutrina Espírita: León Denis, Gabriel Dellane, Camile Flamarion e obviamente os livros de Allan Kardec que não se limitam ás cinco obras básicas que nós conhecemos, elas se expandem para a Revista Espírita...

ALEX – E que ninguém se lembra (risos)

ALESSANDRO - ...Exatamente, e que ele escreveu durante 12 anos. A nossa leitura começa por Kardec e devemos nortear a  nossa vida fazendo as devidas complementações por estes autores que nós referimos, pois eles tem muita credibilidade, conquistaram a nossa confiança. Quando você pega um livro do Raul, do Divaldo ou do Chico nós não temos dúvidas, eles estão realmente colocando nas páginas aquilo que provém da Espiritualidade Superior. Então fica aqui o convite para que se faça leituras desses e de outros autores que mantem um vínculo muito sério com a literatura espírita.

ALEX – E quando você esteve lá em São José dos Campos, no programa radiofônico Vivência Espírita, eu lhe fiz um pergunta que irei repetir aqui agora, pois você sabe que sou um admirador de sua oratória e fico á imaginar como seria um livro de sua autoria, devido aos conteúdos que você coloca em suas explanações. Então aí vai: Você não pensa em escrever um livro?

ALESSANDRO – Eu me identifico mais com a oratória, confesso que tenho mais facilidade para falar do que para escrever, mas surgiu sim este sonho e eu já tenho um livro terminado que está pendente sobre análise em algumas editoras. Há uma semana estive em Niterói e conversando com um representante da Editora Fráter (que edita os livros do Raul Teixeira) ele acabou por se interessar pelo livro. Este meu livro é uma gratidão que tenho á uma autora espiritual chamada Amélia Rodrigues, ela escreve pelo Divaldo Pereira Franco sobre o Evangelho de Jesus e eu encanto-me com ela desde a minha mocidade. Seus livros enriquecem o Evangelho de tal maneira que não encontramos no Novo Testamento, ela desdobra as histórias. Um exemplo, a passagem que fala da mulher adúltera ela conta o que aconteceu com ela antes e depois, o que aconteceu com o marido, o traidor...Amélia complementa o evangelho com uma riqueza poética incomum. Então, esse primeiro livro que eu o nominei “Jesus, o Celeste Amigo” são lições dela de alguns livros que eu trago e amplio o comentário.
Eu escrevo também um artigo em uma revista semanal virtual de Espiritismo que eu aproveito para divulgar, que é do Paraná, a www.oconsolador.com.br

ALEX – Eu á acompanho, do nosso confrade Astolfo.

ALESSANDRO – E até o final do ano eu completo 20 artigos – 80% dos meus artigos eu falo de lições do espírito Camilo – e pretendo com eles formar um livro também. E para esses dois livros, um a destinação de nosso direito autoral será para o Remanso Fraterno e o outro aqui para a Entidade Assistencial Chico Xavier que está começando. Como não é nosso, é da doutrina, é dos espíritos, eu não gostaria de fazer disso um lucro. Tenho projeto para quem sabe um terceiro livro, mas repito que meu gosto mesmo é para a oratória, o livro vem apenas para complementar este compromisso de divulgação da doutrina.

ALEX -  E falando em oratória, na última vez que nos vimos, lá em Jacareí, você estava realizando uma palestra sobre “sexualidade”. Hoje em algumas casas espíritas – vamos dizer assim – você acha que ainda há um preconceito ou um certo tabu em falar sobre este assunto?

ALESSANDRO – Por via das regras as religiões tem dificuldade em se tratar deste assunto, por conta daquela visão clássica de que o sexo é algo imundo, pecaminoso e que não deve ser conversado, mas a partir da doutrina espírita nós tiramos este véu pecaminoso do sexo e passamos a entender que é uma função da vida que merece ser dignificada e exercida nobremente com amor. Mas mesmo assim, como você enfatizou raramente nós vemos palestras com este tema, embora existam livros sobre isto. Temos Chico Xavier com “Vida e Sexo”, “Amor e Sexo”; temos Raul Teixeira com muitas entrevistas tratando deste assunto; temos também Divaldo com muitos livros, por exemplo o “Sexo e Obsessão”; enfim... O codificador fala em “O Livro dos Espíritos” de uma forma mais sucinta, mas toca á respeito da questão sexual também, mas carece sim, pois o próprio Philomeno de Miranda diz que o sexo é o vício mais predominante na criatura humana, ás vezes não no exterior, mas no íntimo, na mente, na mídia, nos filmes...a pessoa por fora se controla, mas a mente é um turbilhão de libido descontrolado e isso traz prejuízos espirituais. Então caberia á título de esclarecimento, já que a doutrina tem este papel de iluminação de consciências, caberia ás casas espíritas e mocidades espíritas tratarem deste assunto aproveitando-se dessa riqueza de obras e de lições provenientes da espiritualidade superior. Lá em Jacareí nós abordamos uma vertente da homossexualidade, que também é um tema espinhoso, vemos muito preconceito, vemos uma sociedade homofóbica, mesmo na casa espírita vemos ás vezes intolerância, as pessoas julgando mal e conceituando mal achando que a homossexualidade é imperfeição moral, é doença, é obsessão, na verdade os espíritos explicam que não é isso, pois temos que ter uma visão de compreensão e de compaixão. Então, isso é um assunto que carece sim ser mais explorado e mais estudado dentro do movimento espírita.

Dr. Alessandro de Paula e Alex Guimarães
ALEX – E depois de termos falado sobre diversos assuntos, literatura espírita, judiciário, sexualidade...que mensagem final você poderia deixar aos nossos leitores? E aproveito para agradecer sua atenção e disponibilidade aqui na casa de seu pai, muito obrigado Alessandro.

ALESSANDRO – Nós é que agradecemos por este canal de comunicação, é sempre muito agradável falar sobre a doutrina espírita, como nós falamos no início da entrevista, é uma dívida de gratidão para com a doutrina, quando podemos falar dela é como se estivéssemos externando a nossa gratidão á ela, porque se nos fez bem fará bem á tantas pessoas. Eu fico com  um discurso que eu acho muito interessante onde o Raul Teixeira fala a respeito dessa lógica da doutrina espírita, do refletido pensar, não dessa fé cega, mas sobretudo pela vivência espírita. Eu acho que as vezes, nós religiosos, nós espíritas, acabamos deixando um pouquinho de lado afrouxando-nos na parte moral. Nós estudamos, vamos á casa espírita, ouvimos as palestras, mas não nos esforçamos tanto para viver o Evangelho. A nossa sociedade hoje não está tão carente, digo assim, ela não precisa tanto de mais católicos, mais evangélicos, mais espíritas...ela precisa de mais homens de Bem. O que tem faltado em nossa sociedade são virtudes, paz, amor, pessoas que vivam dessa forma no ambiente doméstico, social e na vida profissional. Esse é um recado que nós deixaríamos para todos e eu aí me incluo neste recado, para que possamos refletir mais sobre Jesus, sobre a sua proposta e se realmente estamos nos empenhando á vivê-la intensamente no nosso dia, para assim criarmos um vínculo com a Espiritualidade Superior e com Deus. Pois voltaremos á Pátria Espiritual, chegará a hora da prestação de contas de nossa própria consciência e que essa transição possa se dar pacificamente, tranquilamente e para isso temos que viver bem agora, pois não sabemos quando voltaremos para o Além. Esse é o recado, que possamos viver mais o Cristo, é disso que estamos precisando!